Lisboa é uma das dez cidades europeias onde as pessoas consomem mais MDMA
Portugal também está entre os quatro países em que esta substância sintética é mais popular, segundo o novo estudo da Agência da União Europeia sobre Drogas.


Poucas cidades europeias consomem tanto MDMA, per capita, como Lisboa. Esta é uma das conclusões do mais recente relatório Wastewater analysis and drugs – a European multi-city study, apresentado na quarta-feira, 19, pela European Union Drugs Agency (a Agência da União Europeia sobre Drogas, ou apenas EUDA).
Juntamente com a Bélgica, a Chéquia e os Países Baixos, Portugal é um dos quatro países onde foi encontrada uma maior concentração desta substância – também conhecida como ecstasy quando é prensada em pastilhas – nas águas residuais. A análise foi feita pelo grupo SCORE, que desde 2011 elabora este estudo anual, apoiado pelo antigo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência.
De acordo com as recolhas efectuadas entre Março e Maio de 2024, nos 24 países da União Europeia mais a Noruega e a Turquia, o aumento do consumo de MDMA, face a 2023, foi mais ou menos generalizado. A água de 128 cidades, incluindo Porto e Almada, além de Lisboa, foi analisada em busca de vestígios desta droga sintética, mas também de cocaína, cetamina, anfetamina, metanfetamina e canábis.
E o consumo de cocaína e anfetaminas também subiu na maior parte das cidades. Já os vestígios de cetamina e de metanfetamina nas amostras foram semelhantes aos de 2023, crescendo nuns lados e descendo noutros para compensar.
Portugal em contracorrente
O canábis, por outro lado, encontra-se em tendência decrescente na maior parte das cidades. Mas há excepções. Em Lisboa e Almada, por exemplo, consome-se mais, e Portugal volta a ficar entre os quatro países onde mais se recorre esta substância. Espanha, Países Baixos e Noruega completam a lista.
Um dos objectivos da EUDA é, também, acompanhar os padrões semanais de consumo de drogas. Em mais de três quartos das localidades, as quantidades de cocaína, cetamina e MDMA encontradas aumentam ao fim-de-semana. Já o uso de canábis, anfetamina e metanfetamina varia pouco de dia para dia.
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