Abril Marrom destaca a importância de cuidar da visão
Confira quais são as principais causas da cegueira e veja uma pesquisa inédita sobre o tema

O Abril Marrom é um mês voltado para a conscientização sobre a prevenção da cegueira e a importância dos cuidados com a saúde ocular. A iniciativa busca alertar a população sobre doenças que podem levar à perda da visão, muitas das quais são evitáveis com diagnóstico e tratamento adequados.
A escolha do mês está relacionada ao Dia Nacional do Braille, comemorado em 8 de abril. Já a cor marrom foi adotada por ser a mais comum entre os olhos dos brasileiros, simbolizando a necessidade de cuidado e prevenção.
As principais causas da cegueira
No Brasil, as principais causas da cegueira incluem condições reversíveis e irreversíveis. A catarata, por exemplo, é a principal causa de cegueira evitável, especialmente em pessoas acima dos 60 anos, e pode ser corrigida por meio de cirurgia. Entre as doenças irreversíveis, o glaucoma se destaca, já que sua progressão é silenciosa e, na maioria das vezes, só é detectada em exames de rotina.
Degeneração Macular Relacionada à Idade
Também conhecida pela sigla DMRI, esta é uma doença ocular que afeta a mácula, a parte central da retina responsável pela visão de detalhes e percepção de cores. É uma das causas de perda de visão em pessoas acima dos 50 anos. Embora não leve à cegueira total, compromete significativamente a visão central, tornando difíceis algumas tarefas comuns, como ler, dirigir e reconhecer rostos.
Os principais fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar, tabagismo e exposição prolongada à luz solar. Os sintomas mais comuns são visão embaçada e percepção distorcida de linhas retas. Embora não tenha cura, há tratamentos que podem retardar sua progressão, como injeções oculares, suplementação vitamínica e terapia a laser.
Edema Macular Diabético
Esta condição (EMD) é uma complicação do diabetes que afeta a visão. Ele ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos da retina, levando ao acúmulo de líquido na mácula, a parte central da retina responsável pela visão nítida. Esse inchaço pode causar visão borrada, distorcida e até perda da visão central se não for tratado a tempo.
Os principais sintomas são: visão embaçada, dificuldade em enxergar detalhes, alteração na percepção das cores e distorção de imagens. No início, o problema pode ser assintomático, por isso é essencial que pessoas com diabetes façam exames oftalmológicos regulares.
O tratamento pode incluir controle rigoroso da glicemia, injeções de medicamentos anti-VEGF para reduzir o inchaço e terapia a laser para evitar o avanço da doença. Quando diagnosticado precocemente, há chances de reverter o quadro ou minimizar os danos.
O cuidado é essencial
Essas duas condições afetam cerca 1,4 milhões de pessoas no país e, com o envelhecimento populacional e o crescimento de casos de diabetes, a previsão é de que esse número chegue a 1,7 milhão nos próximos cinco anos.
Uma pesquisa conduzida pela Escola de Ciências Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV/CPDOC) em parceria com a ONG Retina Brasil, associação de pessoas com doenças da retina, e apoio da Roche Farma Brasil, revelou que quase um terço dos entrevistados já desistiu do tratamento em algum momento, o que pode acarretar em piora dos sintomas e na evolução clínica da doença.
Além disso, quase metade dos pacientes (45%) declarou ter grave perda de visão no momento da entrevista, com impactos profundos no dia a dia.
Segundo Patricia Kakizaki, especialista em Retina Clínica e Cirúrgica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o diagnóstico tardio e a falta de adesão ao tratamento são possíveis explicações para esse cenário, mas a medicina têm procurado alternativas para melhorar a visão e a qualidade de vida desses pacientes.
“Hoje, estamos acompanhando o desenvolvimento de inovações capazes de impedir a progressão dessas doenças, estabilizando ou muitas vezes até melhorando a visão dos pacientes, além de proporcionar mais comodidade, diminuindo a frequência do tratamento e a necessidade de deslocamento até os consultórios e as clínicas”, detalha a especialista.
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