Os easter eggs mais insanos da série Devil May Cry
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Se você já assistiu à nova série animada Devil May Cry da Netflix e achou que tudo se resumia a demônios, lutas épicas e Dante bancando o bad ass de sempre, é melhor voltar uns episódios. A adaptação, feita pela Capcom em parceria com o Studio Mir e sob comando criativo de Adi Shankar, não só entrega uma ação caótica deliciosa, como está recheada de easter eggs que fazem qualquer fã mais atento surtar.
Tem referência a Resident Evil, aparição relâmpago de personagens esquecidos dos jogos e até piscadelas para outras franquias da Capcom, e olha, algumas são tão bem escondidas que merecem uma lupa. Então respira fundo e vem comigo desvendar os detalhes que fazem dessa série uma carta de amor insana ao universo dos games.

A conexão inesperada entre Devil May Cry e Resident Evil
Logo nos primeiros episódios, já somos surpreendidos com uma revelação que faz qualquer fã das antigas levantar da cadeira: Enzo menciona que um dos piores trabalhos da carreira de Dante foi em Raccoon City. Sim, a Raccoon City, aquele inferno zumbi que deu início à franquia Resident Evil. Para quem conhece a lore, essa informação é explosiva.
Mas não para por aí. Existe um elo real entre essas franquias. Originalmente, Devil May Cry foi concebido como Resident Evil 4. Só que o estilo exagerado e o clima mais “cool” do projeto fugiam demais do survival horror tradicional. O resultado? Dante ganhou sua própria saga e a Capcom, sem querer, criou dois monstros sagrados dos games.

A aparição discreta (e quase invisível) de Lucia, de Devil May Cry 2
Se você piscou durante um episódio, talvez nem tenha notado… mas Lucia está na série. Sim, aquela mesma de Devil May Cry 2, com cabelo vermelho e passado demoníaco. Mas calma, não vá esperando uma participação com falas ou cenas impactantes. Ela aparece brevemente como uma caçadora de demônios capturada pela organização DARKCOM, sem uma única linha de diálogo e sem qualquer menção ao seu passado com a Vie de Marli.
Pode parecer decepcionante, mas sua presença é um mimo para quem conhece os jogos a fundo. Mesmo sem destaque, é uma forma de dizer: “Ei, a gente não esqueceu dela.” A série mostra que está consciente do seu legado e se esforça para incluir até os personagens mais esquecidos da franquia.

O chapéu, a dancinha e a homenagem a Devil May Cry V
No episódio 1, chamado “Inferno”, tem uma cena que, à primeira vista, parece só mais uma doideira do Dante: ele está jogando um game de dança, fazendo movimentos coreografados como se estivesse num clipe. Mas se você reparou no chapéu e na pose final, sabe que aquilo é uma referência direta à arma Dr. Faust de Devil May Cry V.
Essa arma é um dos momentos mais icônicos do game, onde Dante recebe o chapéu de Nico, dança como se estivesse em um musical e ainda finaliza com uma pose cheia de estilo. A série conseguiu captar essa energia e colocar na tela com perfeição. É fan service? É. Mas do tipo que a gente ama.

Capcom sendo Capcom: o festival de referências
Se tem uma coisa que a Capcom adora, é brincar com seu próprio universo. E a nova série de Devil May Cry não foge disso. Em um momento hilário, Dante arremessa um mercenário em uma máquina de fliperama, e o que aparece na tela? Ken, o lutador de vermelho de Street Fighter. Sim, o cara tá lá, do nada.
E tem mais: enquanto Enzo fala de Raccoon City (aquele mesmo diálogo bombástico), a câmera dá uma passeada no carro e lá está… um bonequinho do Megaman no painel. Esses detalhes podem até parecer bobos, mas são provas claras de como o universo Capcom está todo costurado.

Ninja ou Asa Noturna? A semelhança que ninguém consegue ignorar
Outra personagem que chamou atenção foi Ninja, integrante da equipe da Lady. Se você olhou para ela e pensou “ué, isso aí não é o Asa Noturna da DC?”, saiba que não está sozinho. O visual é praticamente um cosplay não autorizado: máscara parecida, corte de cabelo “wolf cut” estiloso, e duas espadas nas costas (no lugar dos tradicionais bastões do herói da DC).
A inspiração está na cara, e isso não é uma crítica, muito pelo contrário. A série sabe com quem está falando: fãs de quadrinhos, de games, de cultura pop em geral. Trazer esse tipo de influência visual é uma maneira divertida de expandir o universo e colocar pitadas de outras mídias, tudo sem perder a essência da franquia.

O visual clássico da Lady finalmente aparece
Lady, uma das personagens mais queridas da franquia, aparece com destaque ao longo da série. Mas para quem jogou os games, algo estava faltando: a roupa clássica dela. Durante quase toda a temporada, ela veste o uniforme da DARKCOM, funcional, mas sem aquele impacto visual de antigamente.
Porém, no episódio 6, a nostalgia bate forte: Lady aparece vestindo seu visual icônico dos jogos, logo após “romper” com a DARKCOM. É um daqueles momentos que fazem o fã sorrir sozinho, porque mostram o carinho dos criadores com o material original. Não precisava estar ali. Mas está. E é por isso que faz diferença.

Por que todos esses easter eggs importam?
Talvez alguém diga que todos esses detalhes são só “fan service”. Mas vamos ser sinceros: é exatamente isso que transforma uma adaptação comum em algo incrível. A equipe por trás da série não economizou em referências, piscadelas e conexões ocultas, e não é porque precisava, mas porque quis.
Esses easter eggs não mudam a trama. Não afetam diretamente a jornada de Dante. Mas mostram algo muito mais valioso: respeito pelo fã. Ao incluir esses elementos, os criadores provam que conhecem o universo em que estão mexendo e querem fazer parte dele com propriedade. No fim, isso transforma Devil May Cry em mais do que uma adaptação: é um presente para quem acompanha esse caos estiloso desde os tempos do PlayStation 2.
Os 8 episódios de Devil May Cry estão disponíveis na Netflix.
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