O Kappo entra em obras “para subir de nível” e o Izakaya abre em Lisboa ainda este ano
Quando reabrir em Maio, o Kappo será um restaurante diferente. Em Lisboa, as obras do novo Izakaya avançam agora também. O objectivo é abrir no Príncipe Real até ao final do ano.


2025 promete ser um ano agitado e com muitas novidades para Tiago Penão, chef do Kappo e do Izakaya, ambos em Cascais. No restaurante onde se dedica à alta cozinha japonesa, sábado, dia 24, será o último serviço. Depois disso, o Kappo entrará em obras de renovação ou transformação, já que à Time Out o chef revela que será uma “lavagem de cara a 100%”. “Vai ficar completamente diferente”, revela. Já o Izakaya, mais descontraído, um sucesso desde que abriu em 2022, vai chegar a Lisboa. A segunda morada do restaurante abrirá no Príncipe Real até ao final deste ano.
Foi nesta terça-feira, na página de Instagram do Kappo, que o fecho temporário foi anunciado. “Dia 24 de Março fechamos para remodelação durante 6 semanas, voltando com muitas novidades. Quatro anos após a nossa abertura, vamos inovar e apostar em entregar um conforto ainda maior aos nossos clientes, continuando a colocar o Kappo na vanguarda da qualidade e como uma referência da gastronomia japonesa no nosso país”, lê-se na publicação.
À Time Out, Tiago Penão explicou: “O conceito vai mudar todo, vai ficar só o balcão, ou seja, vamos fazer só 12 lugares e ter dois serviços por noite, um às 19.00 e outro às 21.30, e as 12 pessoas sentam-se ao mesmo tempo e o menu é feito para toda a gente”. Além disso, conta o chef, o restaurante, que terá também uma cozinha nova, passará a funcionar apenas com menu de degustação. “Agora ainda tínhamos algumas opções à carta, mas vai deixar de acontecer”, diz. O projecto de arquitectura é de João Tiago Aguiar, arquitecto também responsável pelo LOCO, o restaurante onde Alexandre Silva tem uma estrela Michelin.
“[O Kappo] vai subir mesmo de nível, tanto a nível gastronómico como na experiência do cliente”, acredita o chef, desvendando um pouco do que aí vem. “A cerimónia do chá vai fazer parte do menu, o café de especialidade também”, enumera. “O menu vai levar um upgrade muito grande porque ao servirmos 12 pessoas ao mesmo tempo conseguimos fazer muito mais do que estávamos a fazer à data de hoje com o serviço de mesa a mesa”, justifica, reforçando que esta sempre foi a ideia, só impedida inicialmente pela “parte financeira”. “Era um bocado arriscado para nós numa primeira fase”, assegura.
Acabou por ser a abertura do Izakaya e o seu sucesso imediato a permitir uma maior evolução – não se podendo ignorar também a entrada dos dois restaurantes, no ano passado, no portefólio do grupo Cook Book, do chef José Avillez com a família Arié. “O Izakaya neste momento já nos dá uma segurança financeira para poder arriscar um bocadinho mais no Kappo e nesta nossa ideia original. Estamos a pôr as carnes todas no assador para [conseguir] os nossos objectivos.”
Apesar de Tiago Penão ser, ao longo destes anos, bastante comedido nas palavras, sabe-se (e percebe-se) que o trabalho que tem vindo a desenvolver no Kappo vai de encontro ao Guia Michelin e à estrela. Foi, contudo, com o Izakaya, que Tiago Penão subiu ao palco da última gala Michelin, ao lado do irmão Isaac Jorge Penão, para receber a jaleca de restaurante recomendado.
Ao mesmo tempo que arrancam as obras em Cascais, também em Lisboa avança a transformação de uma antiga fábrica de cerâmica, no Principe Real, em Izakaya. “Desde que lá entrámos que achámos que pedia mesmo um Izakaya”, destaca o chef. “Tem um pé direito para aí de oito metros, aquilo é muito giro. Vai ser muito maior do que o de Cascais, mas vamos ter mais áreas de produção, mais qualidade de trabalho do que propriamente espaço para clientes”, antecipa. “O Izakaya agora tem 18 lugares, 20 a esticar, e aquele vai andar nos trinta e poucos”, conclui, prometendo mais novidades para o final do ano. “Temos mais umas ideias giras.”