Ladrilhos e tijolinhos dão charme vintage à esta casa de vila de 150 m²

O casal de moradores se encantaram com esta casa de vila de 150 m² no mesmo bairro que a moradora cresceu. Construída nos anos 1950 e preservada pela APAC (Área de Proteção do Ambiente Cultural), a casinha ganhou um projeto de renovação assinado pelas arquitetas Marina Dipré e Victoria Greenman, do escritório Studio Duas Arquitetura.

“Os clientes pediram uma reforma completa, incluindo a decoração de todos os cômodos, e ressaltaram que queriam aproveitar melhor o pátio dos fundos no dia a dia, transformando-o em espaço de lazer”, conta Victoria.

Entre as principais alterações na planta original da casa, como a área de serviço era muito antiga e desnecessariamente grande, o espaço dela foi convertido na cozinha atual.

“Apesar de compacta e linear, a nova cozinha conta com todas as comodidades embutidas na marcenaria, como lixeira, coifa, escorredor de pratos, porta-temperos, porta-toalhas e triturador”, informa Victoria.

Já a cozinha original deu lugar à nova sala de jantar, ampliando a área social. No pátio interno, que ganhou acesso tanto pela cozinha como a sala, as arquitetas removeram um armário existente para ampliar o banheiro do piso térreo.

No segundo andar, o quarto de casal ganhou um closet com escritório integrado, com uma porta de correr de madeira com vidro opaco, que permite isolar os espaços, quando necessário, sem bloquear a passagem de luz natural.

“Nossa principal preocupação neste projeto foi renovar toda a casa e integrar ao máximo os ambientes para trazer mais luz e ventilação naturais, sem descaracterizar sua arquitetura original dos anos 1950, mesclando, na decoração contemporânea com toques vintage, vários móveis e adornos do acervo do casal com peças novas. A ideia foi preservar tanto a identidade da construção como dos moradores”, diz a arquiteta Marina.

Entre os itens reaproveitados, ela destaca o baú que foi laqueado de azul e posicionado ao lado do rack de madeira, a mesa de jantar (que era da avó da cliente) e alguns quadros. Para completar o clima vintage com autenticidade e história, as cadeiras e a poltrona de balanço Thonet foram garimpadas na Feira do Lavradio, feirinha de antiguidades no Centro do Rio.

“Fizemos uma mistura de móveis antigos e clássicos com itens coloridos e contemporâneos. Na sala de estar, por exemplo, o sofá estofado com tecido azul, as almofadas em tons de verde e os quadros geométricos trouxeram um toque de modernidade e jovialidade à decoração”, explica Victoria.

No geral, a paleta cromática tem uma base neutra composta de tons terrosos, com destaque para a madeira – presente no taco do piso, na marcenaria em carvalho natural e nos móveis (cadeiras e mesas) – e a parede ao fundo da sala de estar, em tijolinho natural aparente, original da estrutura da casa.

As cores aparecem pontualmente, em tons de verde e azul. Na cozinha linear, um lado da parede combina armários em carvalho natural com ladrilho hidráulico (bege com estampa geométrica terracota), enquanto a parede oposta tem armários em laca verde musgo e pintura com tinta na mesma cor.

Já no quarto do casal, a parede de tijolinho original no fundo do closet foi pintada de branco para trazer mais leveza e claridade ao espaço.

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