Andor finalmente conta o outro lado de uma história trágica de Star Wars que começou há 8 anos

Dentro da cronologia de Star Wars, existem eventos que seus desdobramentos atravessam diferentes filmes e séries. Entre eles, a chamada chacina de Ghorman é mencionada como um marco importante da escalada imperial e da decisão de Mon Mothma de romper com o Senado Galáctico.

Há oito anos mencionada pela primeira vez em Rogue One, os acontecimentos acerca desse evento ainda não eram muito claros. Agora, Andor finalmente mostra, com detalhes, como essa tragédia aconteceu.

O massacre se desenrola ao longo dos três episódios mais intensos da segunda temporada. A essa altura da história, o espectador já sabe o que vai acontecer, mas isso não diminui o peso das cenas. Se vê ali o momento de ruptura definitiva entre o Império e qualquer vestígio de legitimidade.

O preço da obediência

Desde o início da temporada, Andor planta pistas sobre o destino de Ghorman. A população do planeta, explorada e difamada por campanhas imperiais, já era tratada como inimiga antes mesmo de qualquer tentativa de se organizar.

O governo espalha mentiras, manipula opinião pública e provoca tensões que levam à radicalização do movimento local. Ainda assim, a primeira bala parte de um atirador imperial contra um soldado do próprio Império.

No episódio seguinte, a trama acompanha as consequências do massacre, especialmente sob a perspectiva de Mon Mothma. A senadora, que vinha enfrentando pressões para abandonar Coruscant, faz um último discurso histórico no Senado. Ali, denuncia publicamente o Império por genocídio e abre mão de qualquer chance de reconciliação política.

A fala de Mon Mothma é um dos momentos mais relevantes da segunda temporada. Escrita muito antes da estreia, a cena ganha ainda mais força pela sua atualidade e força política. O apoio de Bail Organa, que viabiliza sua fuga, reforça a gravidade da situação.

Ao mesmo tempo, Dedra Meero é tomada por uma crise de pânico. Responsável por arquitetar os planos do Império, ela também percebe o tamanho da barbárie. Sua colaboração com Syril e o fracasso da operação transformam a personagem, que agora carrega as consequências do que ajudou a construir.

Fragmentos de uma nova aliança

Enquanto isso, a fuga de Mon Mothma é marcada pela ineficiência e a desarticulação da própria Rebelião. Luthen envia Cassian para resgatá-la, mas a missão não é bem executada. Mesmo com bases operando em Yavin IV, a falta de comunicação interna expõe um problema sério.

Ainda assim, é nesse ponto que a Rebelião começa a tomar forma concreta. Mon deixa de ser uma voz isolada no Senado e passa a liderar as diferentes células da resistência. Bail Organa também entra em cena, somando forças a um movimento que agora ganha identidade própria.

Luthen, por outro lado, permanece nas sombras. Recusa o convite para se juntar ao grupo e mantém sua posição de articulador invisível. Como já havia dito na primeira temporada, seu destino é trabalhar por uma aurora que nunca verá.

Rupturas e perdas definitivas

A trilogia de episódios também marca o reaparecimento de K-2SO. O droide, que virá a se tornar o parceiro inseparável de Cassian em Rogue One, aparece ainda sob controle imperial, mas é resgatado pelo protagonista antes da fuga de Ghorman.

Em contrapartida, Bix Caleen, companheira mais próxima de Cassian, decide deixá-lo. Após levá-lo a um curandeiro que identifica um ferimento mal cicatrizado, Bix ouve do médico que o destino de Cassian está selado. Com isso, escolhe se retirar antes que o amor atrapalhe o caminho que ele precisa seguir.

Com a partida da mulher que ele mais ama, o K-2SO se torna sua única companhia até os eventos de Rogue One.

Andor está disponível no Disney+.

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