9 anos depois, The Walking Dead insulta a morte de Glenn da pior maneira possível

The Walking Dead choca ao colocar Maggie usando a arma que matou Glenn. O post 9 anos depois, The Walking Dead insulta a morte de Glenn da pior maneira possível apareceu primeiro em Observatório do Cinema.

Mar 29, 2025 - 19:41
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9 anos depois, The Walking Dead insulta a morte de Glenn da pior maneira possível
Morte de Glenn em The Walking Dead
Morte de Glenn em The Walking Dead

Se você ainda não superou a morte do Glenn em The Walking Dead, prepare-se, porque a série decidiu revirar essa ferida do pior jeito possível. Nove anos depois do episódio que traumatizou milhões de fãs e fez uma galera largar a série sem olhar para trás, a franquia resolveu, do nada, brincar com o que restava da memória de um dos personagens mais queridos do universo zumbi.

E o pior: com Maggie, a própria esposa do Glenn, empunhando a arma que tirou a vida dele. Isso mesmo. Não é fanfic, nem alucinação coletiva. É oficial. Vem entender esse enredo que deixou até os mortos revoltados.

Glenn em The Walking Dead
Glenn em The Walking Dead

Glenn foi assassinado em frente à audiência mundial

A morte do Glenn, no episódio “Chegará o dia em que você não agradecerá” (7 temporada – Episódio 1), não foi apenas mais uma baixa no elenco, foi um trauma coletivo. Negan, com aquele seu jeitinho psicopata simpático, não se contentou em matar um personagem querido.

Ele fez isso com crueldade, usando Lucille, o infame taco de beisebol envolto em arame farpado, e ainda obrigou todos a assistirem. Maggie, grávida, ajoelhada, impotente, viu o amor da vida dela ser massacrado como se fosse uma cena de O Albergue em versão zumbi.

E não, os fãs nunca esqueceram. A cena dividiu o público: enquanto alguns continuaram a acompanhar a série por puro apego, outros abandonaram de vez. Afinal, o Glenn era o coração moral daquele grupo. Um dos poucos que ainda acreditava em bondade naquele mundo devastado. E agora, a série resolveu “homenageá-lo” da forma mais ofensiva possível.

Maggie com Lucille em The Walking Dead: Dead City
Maggie com Lucille em The Walking Dead: Dead City

Maggie com Lucille? Alguém perdeu a noção de narrativa (e de respeito)

No trailer da segunda temporada de Dead City, vemos Maggie arrastando um taco de beisebol com arame farpado. Sim, uma nova Lucille. Aquela mesma arma que ceifou a vida de Glenn de maneira grotesca. Não é possível que ninguém do time criativo tenha parado por um segundo e pensado: “Será que isso é de bom gosto?”.

Claro, existe uma parcela que vai defender: “Ah, é simbólico”, “é a evolução da personagem”, “ela está enfrentando seus demônios”. Tá, mas vamos ser sinceros? Tem mil jeitos de mostrar isso sem colocar a viúva do cara segurando justamente o instrumento de tortura que matou o marido. É como se a série tivesse dito: “Lembra do seu trauma? Vamos reaproveitar aqui rapidinho para gerar engajamento”. Sutil, né?

Maggie em The Walking Dead: Dead City
Maggie em The Walking Dead: Dead City

O fandom não é bobo: nem todo simbolismo é bem-vindo

O argumento de que Maggie usar a nova Lucille seria uma metáfora sobre superação, luto e transformação é, no mínimo, preguiçoso. Se fosse qualquer outro personagem, vá lá. Mas Maggie? A mulher que jurou ódio eterno ao Negan? Que passou anos sendo a única a bater o pé contra a presença dele no grupo? Que viu a redenção dele como uma piada de mau gosto? Agora vai segurar o taco sorrindo? Me poupe.

Tudo bem que Negan mudou. Salvou uns personagens, deu uma de herói, mas… o mínimo era manter um respeito pela história de Glenn. Deixar Maggie carregar essa arma é forçar a barra numa tentativa de redenção que já passou do ponto. E tudo indica que isso não é um delírio ou plano mirabolante: a cena tem peso, tem foco, tem intenção narrativa.

The Walking Dead: Dead City | 2ª temporada
The Walking Dead: Dead City | 2ª temporada

Será que alguém realmente queria um romance entre Maggie e Negan?

E tem mais: muitos fãs já estavam desconfiados de uma possível aproximação romântica entre Maggie e Negan. Isso, claro, gerou uma revolta proporcional ao absurdo da ideia. Porque, né… transformar o assassino do seu marido em interesse amoroso seria um dos piores arcos da história da televisão. Felizmente, a série parece não seguir por esse caminho. Mas convenhamos: fazer Maggie empunhar a arma assassina já é simbólico o suficiente para deixar todo mundo desconfortável.

O mais bizarro? A série quer fazer parecer que tudo isso é parte de um arco profundo, maduro, que mostra o quanto Maggie cresceu. Mas para quem acompanha The Walking Dead desde o início, isso soa mais como uma tentativa desesperada de causar polêmica para manter a relevância.

Maggie e Negan em The Walking Dead: Dead City
Maggie e Negan em The Walking Dead: Dead City

Maggie pode até estar indo para um lado mais sombrio, mas precisava disso?

Ok, vamos supor que Maggie esteja entrando em sua fase “sombria”. O trauma acumulado, a violência constante, o filho sequestrado… tudo contribui para uma transformação da personagem. Ela está mais fria, mais letal. Mas, de novo: por que transformar essa virada de chave justamente com um objeto que simboliza a pior dor da vida dela? É como se Batman, para lidar com o luto dos pais, decidisse usar a arma que matou eles. Faz sentido? Nenhum.

Há teorias de que tudo isso seja parte de um plano, um disfarce para enganar os vilões ou até uma visão distorcida da própria Maggie. Mas mesmo assim, o estrago emocional já foi feito. A imagem dela com a nova Lucille vai ecoar na cabeça dos fãs por muito tempo, e não de um jeito bom.

The Walking Dead: Dead City | 2ª temporada
The Walking Dead: Dead City | 2ª temporada

The Walking Dead parece ter perdido o timing, e o bom senso

Vamos ser honestos: The Walking Dead já não é mais a potência que foi um dia. A série se tornou um zumbi de si mesma, sobrevivendo à base de spin-offs, nostalgia e decisões questionáveis. E agora, ao usar a morte de Glenn como gatilho narrativo sem o cuidado necessário, ela mostra que perdeu o rumo até no que diz respeito aos próprios marcos históricos.

Essa cena de Maggie com Lucille pode até virar um momento marcante de Dead City, mas também pode ser lembrada como a gota d’água para quem ainda levava a franquia a sério. É o tipo de escolha criativa que tenta ser “profunda”, mas acaba parecendo insensível e apelativa. Glenn merecia mais. Os fãs mereciam mais. E Maggie, principalmente, merecia um roteiro que respeitasse a jornada dela sem fazer esse tipo de reciclagem emocional.

The Walking Dead e The Walking Dead: Dead City estão disponíveis no Prime Video.

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