The Last of Us retorna neste domingo a HBO e Max; veja o que esperar da 2ª temporada

Depois de uma primeira temporada arrebatadora, The Last of Us está de volta neste domingo na HBO e na Max. E não, não é exagero dizer que nada será como antes. Se você achou que já tinha visto tudo de brutal, emocionante e devastador nesta história pós-apocalíptica, é melhor se preparar. 

Pedro Pascal (Joel) e Bella Ramsey (Ellie) continuam como protagonistas, vivendo em um mundo assolado por uma praga causada por um fungo mutante. Mas a dinâmica entre eles, que foi o coração da primeira temporada, agora será colocada à prova como nunca antes. 

Menos episódios, mais intensidade: o novo formato da temporada

A primeira grande mudança já vem no formato. Diferente da primeira temporada, que teve nove episódios, a segunda será mais curta. Mas não se engane: a ideia não é economizar, mas sim entregar episódios mais densos e impactantes. Os criadores optaram por uma estrutura mais concisa, focando nos momentos realmente essenciais da história.

E isso faz todo o sentido quando pensamos no material de origem: The Last of Us Part II, lançado em 2020 para PlayStation, é um jogo mais longo, mais emocional e também mais divisivo.

Ele aborda temas como vingança, culpa e a dualidade entre heróis e vilões, e a adaptação para a TV promete seguir o mesmo caminho, sem suavizar as emoções.

Novos olhares e uma narrativa ainda mais provocadora

A série continua sendo comandada por Craig Mazin (Chernobyl) e Neil Druckmann (criador do jogo original), mas a temporada traz nomes inéditos na direção de alguns episódios, com a proposta clara de renovar o estilo visual e narrativo.

Isso deve trazer diferentes tons para os episódios, algo que se alinha com o espírito da segunda parte do jogo, onde a perspectiva dos eventos muda com frequência, e nem tudo é tão simples quanto parece.

O elenco também ganha novos reforços. Embora os nomes ainda não tenham sido oficialmente revelados, já se sabe que personagens centrais da sequência do jogo foram escalados e terão peso dramático relevante. Eles vêm para quebrar a zona de conforto dos protagonistas e colocar em xeque tudo o que foi construído até aqui.

Os infectados voltaram e muito mais perigosos

Sim, ainda tem infectado, mas agora a ameaça evoluiu. Se na primeira temporada vimos os Corredores, Estaladores e Baiacus darem trabalho, agora a série promete ir além. Craig Mazin já adiantou que os novos episódios vão explorar a biologia do Cordyceps de forma ainda mais criativa. “Não é só uma questão de quantidade. A gente quer algo que seja significativo para a história”, disse o showrunner.

Relembrando: os infectados se dividem em tipos, com base no tempo de infecção e evolução do fungo. 

• Corredores: São os recém-infectados. Ainda têm traços humanos, mas já estão completamente dominados pelo fungo. São rápidos e agressivos;

• Perseguidores: Infectados há alguns meses. Escondem-se nas sombras e emboscam silenciosamente suas vítimas;

• Estaladores: Um dos tipos mais icônicos. Infectados por mais de um ano, perderam totalmente a visão e usam ecolocalização (com seus estalos característicos) para se mover;

• Baiacus: Muito raros, estão infectados há anos. São enormes, lentos e extremamente resistentes, com placas de fungos como armadura. Lançam esporos e são difíceis de matar;

• Trôpegos: Também infectados há muitos anos, mas aparecem em regiões úmidas. Soltam nuvens ácidas e são uma espécie de variação aquática dos Baiacus.

A relação entre Joel e Ellie será colocada à prova

Um dos maiores trunfos da primeira temporada foi a relação intensa entre Joel e Ellie, construída na base da dor, confiança e sobrevivência. Mas essa conexão, tão poderosa, será também uma das grandes vítimas dos novos eventos.

A segunda temporada, adaptando fielmente o segundo jogo, se aprofunda nas consequências das decisões do passado e nas cicatrizes emocionais que os dois carregam.

Não espere um relacionamento estável ou previsível. Os roteiristas querem que o público sinta, questione e até se incomode com o rumo das coisas. The Last of Us não é sobre mocinhos e vilões. É sobre escolhas. E, às vezes, as escolhas mais humanas são também as mais cruéis.

Quantas temporadas The Last of Us ainda terá? A resposta vai surpreender

A série já está renovada para uma terceira temporada, o que, por si só, já indica a confiança da HBO no projeto. Mas o que vem depois? Os criadores foram bem claros: The Last of Us não irá além da história contada nos jogos. E como Part II é extenso e complexo, será dificilmente encerrado em somente uma temporada.

Craig Mazin explicou em entrevista:

“Não vejo como contar tudo o que falta em apenas mais uma temporada. É quase certo que a história exigirá uma quarta temporada também.” 

Ou seja, o plano é fechar a narrativa de forma respeitosa, sem criar histórias novas ou prolongar artificialmente o universo, uma rara decisão em tempos de séries intermináveis.

Além disso, o jogo Part III, que muitos esperavam, ainda não saiu do papel, e talvez nunca saia. Com isso, a série tem um destino definido e um compromisso em respeitar o legado dos jogos.

Uma temporada para sentir na pele, e no coração

A segunda temporada de The Last of Us não é só a continuação. É o aprofundamento de uma história que não tem medo de confrontar o público com dilemas difíceis, relações quebradas e violências tão fortes quanto os horrores do apocalipse.

Se você achava que já estava emocionalmente preparado para o que viria… pense de novo. A nova temporada vai te levar a extremos, tanto narrativos quanto sentimentais. Mas é justamente aí que está a genialidade de The Last of Us: nos fazer sentir, questionar, se apegar… e depois lidar com as consequências disso.

A nova temporada de The Last of Us estreia neste domingo (13/04) na Max, com mudanças drásticas, novos infectados e um drama ainda mais intenso entre os protagonistas.

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