"Pesquisismo" revela que a opinião pública não existe. Governo Lula deve entender isso

Nesse momento acompanhamos a publicação frenética de números e gráficos de pesquisas de opinião, diligentemente repercutidas pelo jornalismo corporativo: o derretimento da popularidade de Lula é o prato servido principal. Mas também quer municiar a oposição com simulações de cenários eleitorais com nomes de outsiders como. p.ex., Gustavo Lima. É o “pesquisismo”. Sob o álibi metodológico científico da “pesquisa de opinião pública”. PsyOp clássica de guerra híbrida: transformar em números e gráficos não opiniões, mas PERCEPÇÕES. É o paroxismo de um alerta feito pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu há 58 anos: a opinião pública não existe! O que existe é a fabricação de um artefato que impõe a ilusão de de que existe algo que seria uma coisa assim como a média das opiniões ou a opinião média. Dissimula sistema de forças e tensão política. Se o Governo aceitasse essa natureza viciada do pesquisismo, mudaria sua estratégia: da Comunicação-propaganda para a Comunicação-acontecimento. Em postagem anterior nos perguntávamos por que o jornalismo corporativo (jornalões e portais da Internet) acreditou tão facilmente no vídeo em que o influenciador Felipe Neto dizia estar se lançando a uma pré-candidatura à presidência para as eleições 2026. A resposta foi que o influenciador, para fazer sua ação de marketing, conseguiu tão facilmente produzir o efeito de realidade porque aproveitou-se da onda midiática atual do “pesquisismo”: o esforço febril dos institutos de pesquisa (e dos “colonistas” em repercutir na mídia hegemônica) em criar percepções a partir daquilo que chamam de “pesquisa de opinião”: a estetização da política através de números, gráficos e simulações de cenários com nomes que vão sendo arbitrariamente inseridos. E, acreditava-se, depois de nomes como Gustavo Lima, o inelegível Bolsonaro e o sempre redivivo Ciro Gomes, era a vez de colocar o nome de Felipe Neto. Para aloprar o cenário político... só que não... Acompanhamos através dos números, gráficos e cenários repercutidos pela grande mídia em pesquisas quase semanais, que a popularidade de Lula parece derreter irresistivelmente. Só na semana passada, três diferentes pesquisas – Quaest, AtlasIntel e Ipec – apontaram uma queda de popularidade na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Por exemplo, o Ipec mostrou que o número de brasileiros que considera a gestão de Lula ótima ou boa caiu cinco pontos percentuais, nos últimos três meses. Houve até um suposto alento com a subida de 5% de aprovação do governo Lula (de 24 a 29%) em pesquisa Datafolha, enquanto 38% desaprovam – como veremos à frente, um alento estratégico para manter o governo incorrendo no erro de confundir comunicação com propaganda. Para o jornalista Reynaldo José Aragon Gonçalves, o “pesquisismo” opera dentro do espectro da guerra híbrida e das operações psicológicas: As psyops, ou operações psicológicas, são estratégias utilizadas para influenciar emoções, crenças e comportamentos de populações inteiras, sem que elas percebam que estão sendo manipuladas — o objetivo não é convencer com argumentos, mas induzir percepções que sirvam a determinados interesses de poder. Leia “Pesquisismo: entre cenários improváveis e guerra híbrida em curso” – clique aqui. Três disfunções que mostram que opinião pública não existe Acredito que essa instrumentalização das pesquisas de opinião pelas psyops da guerra híbrida não é nenhuma novidade. A novidade é o seu paroxismo – a maneira como explora ao limite a confusão entre opinião e percepção num contexto midiático não só monopolista, mas também de articulação entre meios de comunicação de massa e mídia e dispositivos digitais. Explicando melhor, a maneira como as redes digitais viraram uma caixa de ressonância da pauta dominante das mídias hegemônicas tradicionais. Mas o paroxismo do quê? Das distorções inerentes ao funcionamento das pesquisas de opinião analisadas em um texto clássico publicado em 1973 do sociólogo francês Pierre Bourdieu chamado “A Opinião Pública Não Existe”. Nesse texto, Pierre Bourdieu desconstruía os três pressupostos das pesquisas de opinião: a)       Qualquer pesquisa de opinião supõe que todo mundo pode ter uma opinião. Ou melhor, que qualquer um tem uma opinião formada sobre qualquer coisa a qualquer momento que seja perguntado; b)      Qualquer pesquisa de opinião supõe que todas as opiniões têm valor. Isto é, cada opinião valores diferentes pela origem diferente, confundindo opiniões com diferentes subordinações: percepções, racionalizações, ideologia, comunicação fática etc. c)        Qualquer pesquisa de opinião supõe de que há um consenso sobre as questões colocada pela pesquisa. Que todo mundo concorda com a pergunta. Ocultando o fato de que uma questão só pode ser colocada por uma pesquisa quando se tornou um problema político. O curioso nesse frenesi midiático do pesquisismo é, em primeiro lugar, como tenta ocultar o claro interesse eleitoral em prospectar cenários de fraquezas da situação pa

Apr 9, 2025 - 14:39
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"Pesquisismo" revela que a opinião pública não existe. Governo Lula deve entender isso


Nesse momento acompanhamos a publicação frenética de números e gráficos de pesquisas de opinião, diligentemente repercutidas pelo jornalismo corporativo: o derretimento da popularidade de Lula é o prato servido principal. Mas também quer municiar a oposição com simulações de cenários eleitorais com nomes de outsiders como. p.ex., Gustavo Lima. É o “pesquisismo”. Sob o álibi metodológico científico da “pesquisa de opinião pública”. PsyOp clássica de guerra híbrida: transformar em números e gráficos não opiniões, mas PERCEPÇÕES. É o paroxismo de um alerta feito pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu há 58 anos: a opinião pública não existe! O que existe é a fabricação de um artefato que impõe a ilusão de de que existe algo que seria uma coisa assim como a média das opiniões ou a opinião média. Dissimula sistema de forças e tensão política. Se o Governo aceitasse essa natureza viciada do pesquisismo, mudaria sua estratégia: da Comunicação-propaganda para a Comunicação-acontecimento.

Em postagem anterior nos perguntávamos por que o jornalismo corporativo (jornalões e portais da Internet) acreditou tão facilmente no vídeo em que o influenciador Felipe Neto dizia estar se lançando a uma pré-candidatura à presidência para as eleições 2026.

A resposta foi que o influenciador, para fazer sua ação de marketing, conseguiu tão facilmente produzir o efeito de realidade porque aproveitou-se da onda midiática atual do “pesquisismo”: o esforço febril dos institutos de pesquisa (e dos “colonistas” em repercutir na mídia hegemônica) em criar percepções a partir daquilo que chamam de “pesquisa de opinião”: a estetização da política através de números, gráficos e simulações de cenários com nomes que vão sendo arbitrariamente inseridos.

E, acreditava-se, depois de nomes como Gustavo Lima, o inelegível Bolsonaro e o sempre redivivo Ciro Gomes, era a vez de colocar o nome de Felipe Neto. Para aloprar o cenário político... só que não...

Acompanhamos através dos números, gráficos e cenários repercutidos pela grande mídia em pesquisas quase semanais, que a popularidade de Lula parece derreter irresistivelmente. Só na semana passada, três diferentes pesquisas – Quaest, AtlasIntel e Ipec – apontaram uma queda de popularidade na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Por exemplo, o Ipec mostrou que o número de brasileiros que considera a gestão de Lula ótima ou boa caiu cinco pontos percentuais, nos últimos três meses.

Houve até um suposto alento com a subida de 5% de aprovação do governo Lula (de 24 a 29%) em pesquisa Datafolha, enquanto 38% desaprovam – como veremos à frente, um alento estratégico para manter o governo incorrendo no erro de confundir comunicação com propaganda.


Para o jornalista Reynaldo José Aragon Gonçalves, o “pesquisismo” opera dentro do espectro da guerra híbrida e das operações psicológicas:

As psyops, ou operações psicológicas, são estratégias utilizadas para influenciar emoções, crenças e comportamentos de populações inteiras, sem que elas percebam que estão sendo manipuladas — o objetivo não é convencer com argumentos, mas induzir percepções que sirvam a determinados interesses de poder. Leia “Pesquisismo: entre cenários improváveis e guerra híbrida em curso”clique aqui.

Três disfunções que mostram que opinião pública não existe

Acredito que essa instrumentalização das pesquisas de opinião pelas psyops da guerra híbrida não é nenhuma novidade. A novidade é o seu paroxismo – a maneira como explora ao limite a confusão entre opinião e percepção num contexto midiático não só monopolista, mas também de articulação entre meios de comunicação de massa e mídia e dispositivos digitais.

Explicando melhor, a maneira como as redes digitais viraram uma caixa de ressonância da pauta dominante das mídias hegemônicas tradicionais.

Mas o paroxismo do quê? Das distorções inerentes ao funcionamento das pesquisas de opinião analisadas em um texto clássico publicado em 1973 do sociólogo francês Pierre Bourdieu chamado “A Opinião Pública Não Existe”.




Nesse texto, Pierre Bourdieu desconstruía os três pressupostos das pesquisas de opinião:

a)       Qualquer pesquisa de opinião supõe que todo mundo pode ter uma opinião. Ou melhor, que qualquer um tem uma opinião formada sobre qualquer coisa a qualquer momento que seja perguntado;

b)      Qualquer pesquisa de opinião supõe que todas as opiniões têm valor. Isto é, cada opinião valores diferentes pela origem diferente, confundindo opiniões com diferentes subordinações: percepções, racionalizações, ideologia, comunicação fática etc.

c)        Qualquer pesquisa de opinião supõe de que há um consenso sobre as questões colocada pela pesquisa. Que todo mundo concorda com a pergunta. Ocultando o fato de que uma questão só pode ser colocada por uma pesquisa quando se tornou um problema político.

O curioso nesse frenesi midiático do pesquisismo é, em primeiro lugar, como tenta ocultar o claro interesse eleitoral em prospectar cenários de fraquezas da situação para a oposição. Mas quando o Governo tenta dar uma reposta a essas pesquisas por meios de peças de propaganda ou projetos de lei como a isenção do imposto de renda e justiça tributária, é acusada de “populismo eleitoral”.

Mas para quê, então, tantas pesquisas consecutivas? Ora, porque assim exige a Democracia: municiar de informações para o eleitor formar sua “opinião”. A produção da opinião supostamente estaria ao alcance de todos. É o álibi do psiquismo.

E em segundo lugar, o psiquismo cria o truísmo de que a sociedade é uma máquina formadora de opiniões: há sempre opinião formada, a qualquer momento, sobre qualquer tema. A opinião vista como uma substância moldável que pode ser alterada e tomar novas formas a qualquer momento. Graças às novas informações!

Opinião é percepção

Mas serão mesmo “opiniões”? Ou podemos nos perguntar que tudo aferido é memo uma “opinião”? Algo gestado, maturado e concluído na cabeça de um pesquisado ideal, livre para opinar e votar. É o truísmo da existência da Democracia.


O que nos leva à segunda crítica de Bourdieu: será que todas as opiniões se equivalem? Isso nos leva a ignorar a natureza da resposta de cada um ou de um grupo de inquiridos pela pesquisa: não-respostas, comunicação fática, atalhos mentais, opção ideológica etc.

Um exemplo flagrante é a da comunicação fática (derivada da função fática da linguagem, função de contato)

As últimas pesquisas e enquetes feitas nos telejornais aplicadas por compenetrados repórteres em padarias e supermercados sobre a inflação dos alimentos demonstram esse tipo de resposta. Pessoas surpreendidas por estas pesquisas e enquetes tendem a dar uma resposta imediata fática: “tudo está caro!”. É o tipo de fala como “o tempo anda louco, ora faz frio, ora faz calor...” em conversas rápidas de elevador.

Aquilo que jocosamente se chama “conversa mole” para uma situação em que o silêncio incomoda diante de estranhos...

Resposta fática: solicitada uma posição, respondemos com clichês para manter o contato com o inquiridor. Por uma questão de delicadeza, o inquirido jamais se recusará a responder à questão sob pena de parecer mal-educado.

Isso implica que tendemos a pegar informações facilmente disponíveis, mesmo que não se encaixem perfeitamente em uma questão. Na maior parte do tempo, as opiniões são compostas por um conjunto racionalizações, clichês ou frases prontas facilmente disponíveis e sempre repetidas, facilitada pelo contexto de monopólio midiático, como veremos abaixo.

Mas para Bourdieu, o mais curioso é a aparente neutralidade que envolve as perguntas: partem também do truísmo de que há não só um consenso sobre o quê perguntar, mas também o momento para se fazer a pergunta.

Vale à pena revisitar esse parágrafo do texto clássico de Bourdieu:

As problemáticas que são propostas pelas pesquisas de opinião se subordinam a interesses políticos, e isto dirige de maneira muito acentuada o significado das respostas e, ao mesmo tempo, o significado dado à publicação dos resultados, Em seu estado atual, a pesquisa de opinião é um instrumento de ação política; sua função mais importante consiste talvez em impor a ilusão de que existe uma opinião pública que é a soma puramente aditiva de opiniões individuais; em impor a idéia de que existe algo que seria uma coisa assim como a média das opiniões ou a opinião média. A "opinião pública" que se manifesta nas primeiras páginas dos jornais sob a forma de percentagens (60% dos franceses são favoráveis à...), esta opinião pública é um artefato puro e simples cuja função é dissimular que o estado da opinião em um dado momento do tempo é um sistema de forças, de tensões e que não há nada mais inadequado para representar o estado da opinião do que uma percentagem. BOURDIEU, Pierre. “A Opinião Pública Não Existe” In: Questões de Sociologia, Vozes, 2019.

  Sabemos que toda essa onda de pesquisas repercutidas quase semanalmente obedece ao tic-tac do timing: veio logo depois da pauta negativa para o Governo: “crise do pix”, a “taxa das blusinhas”, a “inflação dos alimentos” e os supostos arroubos misóginos de Lula, como no episódio envolvendo Gleisi Hoffmann ao assumia o ministério das Relações Institucionais.




Percepção não é a realidade

O mais provocativo nesse parágrafo acima é a afirmação do sociólogo de que “mais importante consiste talvez em impor a ilusão de que existe uma opinião pública que é a soma puramente aditiva de opiniões individuais; em impor a idéia de que existe algo que seria uma coisa assim como a média das opiniões ou a opinião média”.

 Há a criação do artefato ilusório da “opinião pública”. Percebe-se no texto de que a chamada “opinião” se aproxima de outra coisa: a natureza subjetiva da “percepção”, sob o álibi de uma suposta opinião abastecida pela informação noticiosa – para o jornalismo corporativo, a suposta essência da liberdade da Democracia: imprensa livre + liberdade de opinião.

É comum na grande imprensa as palavras “percepção” e “sensação” (onde a verossimilhança ocupa o lugar do critério de verdade) serem tomadas como sinônimos de “opinião”. Por exemplo, quando um repórter faz uma rápida enquete com populares em algum calçadão do centro da cidade para confirmar alguma “percepção” sobre qualquer coisa.

Porém, percepções não são a realidade. É o que comprova a pesquisa do Instituto Ipsos Mori “Os Perigos da Percepção 2016”, realizada entre os meses de setembro e novembro envolvendo 40 países. O objetivo é demonstrar o quanto as pessoas têm uma interpretação equivocada da sua própria realidade – a diferença entre a percepção (desvalorização ou exaltação de determinados temas que preocupam a sociedade) e os dados estatísticos oficiais de uma determinada realidade – clique aqui.

Atualmente, notícias se confundem com “percepções” ou “sensações” tomadas como evidências sobre qualquer suposta tendência, crise ou acontecimento.

E essas “percepções” têm uma relação direta com a pauta midiática dominante, principalmente num contexto de monopólio das comunicações como no caso brasileiro.

Contextos de imposição de pauta pela comunicação monopolizada (dominada pela consonância, acumulação e onipresença) são propensos para a criação de percepções: o fenômeno perceptual da espiral do silêncio.

O fenômeno da espiral do silêncio partiria de uma percepção equivocada do indivíduo (a “ignorância pluralista”) do que ele acredita ser um clima de opinião - podemos ter uma opinião que pode ser modificada frente a uma posição que achamos ser majoritária.  Algo assim: se todos veem a coisa de uma maneira diferente do que penso, deve ser porque estou errado.



Percepção e a pauta e agenda midiática dominantes

Para a cientista política alemã Elizabeth Noelle-Neumann (1916-2010) os indivíduos parecem ter um “órgão quase estatístico”, uma espécie de sexto sentido sobre o que a sociedade em geral está pensando ou sentindo. Para a pesquisadora, a mídia, e em particular a TV, acelerariam esse processo de silenciamento a partir de uma minoria ao criar um clima de opinião através da Consonância, Acumulação e Onipresença de uma pauta noticiosa.

Pierre Bourdieu não chega a essa conclusão – seu foco é a fabricação da opinião. Mas o álibi da “pesquisa de opinião” (com toda a aparência de cientificidade da busca de amostras representativas de um universo opinativo), além de ocultar a arbitrária fabricação da opinião, esconde a sua função tautista (tautologia +autismo midiático) de recall da própria pauta dominante da mídia hegemônica.

A percepção criada a partir da informação mais facilmente disponível. Ou pior, da impressão criada pela hegemonia da pauta.

Se todo mundo só fala da inflação dos alimentos, só podemos concluir que “tudo está caro” – colocando na mesma percepção alta de preços estruturais misturadas com sazonais: chuvas, quebras de safra, aumento de demanda na Páscoa etc.

Se os institutos de pesquisa nada mais fazem do que comprovar tautologicamente a existência de uma pauta ou agenda hegemônica do jornalismo corporativo, de nada adianta o Governo Lula pensar a comunicação como propaganda – peças publicitárias profissionais e institucionais bem pensadas para tentar reverter a agenda negativa refletida pelas pesquisas.

Não é por menos que o Datafolha deu um alento ao Governo: aumento de 5% na aprovação do Governo. Para dar um pequeno estímulo ao esforço hercúleo do Governo Lula romper a hegemonia da pauta corporativa - a agenda negativa e o derretimento da aprovação de Lula.

Como esse humilde blogueiro vem insistindo, é necessário mudar o foco da Comunicação: de Propaganda para Acontecimento.

Para além da Secom, é necessário criar acontecimentos. Por exemplo, por que o mote forte de Haddad – “o Brasil vai, pela primeira vez na História, fazer justiça tributária” – não ganhou uma declaração ao vivo, em rede nacional, no horário nobre? Exortando o povo a pressionar o Congresso?

Um bom exemplo é a decantada imprevisibilidade de Trump – essência da comunicação alt-right para criar a impressão do “disruptivo”, do antissistema. Capaz de sempre criar acontecimentos, fazendo a mídia ficar entre a hipnose e o pânico a cada anúncio de um evento para a imprensa.

A dramaticidade do ao vivo é fundamental para criar a comoção do acontecimento: o disruptivo, o surpreendente... aquilo que alimenta qualquer mídia, independente de ser mainstream ou alternativa.

Isso seria o assunto de um outro artigo, mas pensar a Comunicação para além da Propaganda é pensar num conjunto de acontecimentos anticíclicos (sair do modo reativo) para confrontar a pauta e agenda midiática hegemônicas. E alterar a percepção da chamada “opinião pública”.

 

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