Morrendo por Sexo: Explicamos a história real que inspirou a minissérie

A minissérie Morrendo por Sexo conta a história de Molly Kochan (Michelle Williams), uma mulher diagnosticada com câncer de mama metastático em estágio IV que decide se separar do marido para buscar liberdade, tanto feminina como sexual, durante o tempo que lhe resta. Com bom humor mas emocionalmente angustiante, a produção é um olhar cheio de nuances sobre uma mulher tentando explorar sua humanidade e abraçar a vida ao máximo.

Acontece que a minissérie pode soar um tanto familiar para algumas pessoas, até porque ela é baseada em uma história real. Morrendo por Sexo foi baseada no podcast de mesmo nome que detalha a história real de Molly, e como sua jornada é repercutida até hoje.

O diagnóstico surgiu em 2015

Semelhante ao que é apresentado na minissérie, a verdadeira Molly Kochan foi diagnosticada com câncer de mama em estágio IV em 2015, aos 42 anos. Molly já havia recebido tratamento para câncer de mama e havia passado por quimioterapia e mastectomia antes do câncer retornar. Quando a mulher foi diagnosticada novamente, ela descobriu que o câncer era terminal e decidiu aproveitar ao máximo o tempo que lhe restava.

A série detalha seu diagnóstico por meio da performance de Michelle Williams, incluindo suas interações com a personagem Sonya, uma psicóloga do hospital. A série mostra como Molly ainda tem objetivos em sua vida, onde nunca havia experimentado muitas das coisas pelas quais ela está interessada.

Sabendo que Molly ainda é jovem e querendo encorajá-la, sua psicóloga diz a mulher para adicionar ter um orgasmo à sua lista de desejos. A decisão de Molly de explorar sua sexualidade mostra como somente agora ela pode estar no controle de sua própria vida.

Molly resolveu explorar sua liberdade e sexualidade no fim de sua vida

Assim como na minissérie, Molly Kochan deixou o marido após 15 anos juntos. Em seu blog chamado “everythingleadstothis”, Molly compartilhou a experiência em um post intitulado “Eu deixei meu marido hoje”, publicado em 28 de março de 2016.

Molly escreveu que o diagnóstico a ajudou a fazer a escolha de deixar o marido e que, apesar de ainda amá-lo, o relacionamento havia se tornado estressante e às vezes desconexo. No mesmo post, a mulher escreveu que sentia que estava “alugando espaço no mundo de outra pessoa” e o diagnóstico permitiu que ela percebesse que era hora de encontrar seu próprio mundo e deixar sua própria marca.

Pouco depois de decidir deixar o marido, cujo nome foi alterado para Steve na série, Molly decidiu voltar a se relacionar. Na mesma época, ela criou uma conta no Instagram, chamada Dying 4 Sex, para postar selfies onde se sentia confortável com seu corpo.

Tudo em um podcast

Na vida real, Molly Kochan e sua melhor amiga Nikki Boyer realmente conversaram sobre as aventuras sexuais de Molly, e o resultado foi o podcast Dying for Sex, lançado em 2020.

Em uma entrevista ao The New York Post, Boyer afirmou que teve a ideia do podcast depois de saber que a mulher já tinha tido vários encontros antes de conhecê-la. Boyer, que atua como produtora executiva da série, também compartilhou que parte do motivo pelo qual a dupla achou Dying for Sex tão importante foi que “sexo e doença raramente são discutidos juntos”.

O podcast permitiu que Molly falasse livremente sobre os medicamentos que estava tomando e como era realmente para ela ter desejos tão fortes enquanto também estava em tratamento para câncer.

Infelizmente, assim como a minissérie retrata, Molly Kochan faleceu em 2019, aos 45 anos. Sua morte ocorreu oito anos após o primeiro diagnóstico de câncer de mama e três anos após decidir deixar o marido e finalmente aceitar a sua liberdade. Durante esses anos, Molly criou um legado impressionante em torno da liberdade sexual e também abriu portas para conversas reais e progressivas sobre doenças.

Morrendo por Sexo está disponível no Disney+.

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