Decidir sozinho, aprender juntos: lições de um designer em times diversos
Ser o único designer do time, sem referência direta, sem validação rápida. Só você, o problema e a vontade de acertar.Ilustração por Arthur K for FiverrDesignAo longo da minha trajetória de quase 7 anos, passei por diferentes tipos de empresa, com propostas, maturidades e estruturas bem distintas. Em quase todas, eu era a única pessoa atuando como UX ou Product Design no time.Isso pode parecer empolgante (e às vezes era) mas também era assustador. Afinal, eu tinha a responsabilidade de tomar decisões estratégicas sobre a experiência do usuário, muitas vezes sem uma liderança direta de design para apoiar, revisar ou orientar.Quando migrei do design gráfico para o UX, tudo que eu tinha era o Adobe XD e um sonho. Eu era júnior, mas já precisava aplicar processos de UX, defender decisões e, principalmente, explicar para outras pessoas por que elas faziam sentido. Foi um desafio imenso, mas também o início de um aprendizado que nunca parou.Tomar decisões sozinho vs. construir em conjuntoAprender a ouvir pode te ajudar a tomar decisões importantes. Mesmo sendo a única pessoa de UX no time, ainda assim existem outras pessoas ao seu redor que podem (e devem) te apoiar, como PMs (Product Managers) e POs (Product Owners).Essas pessoas podem ajudar a entender o problema e, aos poucos, podem apontar caminhos. Ao longo da minha trajetória, me apoiei muito nesses papeis, que têm um valor enorme no time.Gif de pessoas se abraçando giphy.Construir junto é uma forma de não se sentir sozinho nas decisões, especialmente quando falamos de comunicação. Manter uma relação próxima com o time de desenvolvimento faz toda a diferença, principalmente quando estamos construindo uma nova experiência. E isso é ainda mais essencial quando você está em uma posição júnior no projeto.O design colaborativo é uma abordagem que permite que uma equipe crie conceitos de produto juntos. Ele ajuda as equipes a construir uma compreensão compartilhada do problema e da solução de design.- Traduzido de: Jeff Gothelf, Lean UX: Applying Lean Principles to Improve User ExperienceAprendizado na marraTrabalhar sozinho muitas vezes abre margem para dúvidas e possíveis erros. Como fazer uma boa pesquisa? Como conduzir um teste de usabilidade? Será que estou no caminho certo? Essas perguntas passam (e muito) pela nossa cabeça.Mas isso não é motivo para não fazer, pelo contrário, é justamente aí que mora o aprendizado. O ser humano aprende muita coisa ao longo da vida, e aprende ainda mais quando precisa. Comigo foi assim: quando surgiam dúvidas, eu pesquisava, tentava, errava, aprendia. E muitas vezes contava com a ajuda de outros colegas designers, que me indicavam vídeos, artigos e materiais como este.Aprender fazendo sempre foi um caminho valioso, e mesmo sozinho, nunca é completamente só quando se sabe onde procurar apoio.Mas também existe o lado bom de trabalhar sozinho: os processos estão aí, descritos em livros, cursos e conteúdos que você provavelmente já estudou. Agora é a hora de colocar tudo isso em prática.Estar sozinho te dá liberdade para testar, adaptar e experimentar, e isso é uma oportunidade valiosa. Criar experiências por conta própria pode parecer desafiador no começo, mas é também uma janela incrível para aprender com autonomia, tomar decisões conscientes e ganhar segurança nas escolhas que você faz.É no fazer que a teoria ganha vida, e mesmo com incertezas, o caminho vai se construindo.Como o Lean UX pode ajudarNo fim, atuar sozinho como UX Designer não significa estar isolado de boas decisões. Metodologias como o Lean UX oferecem uma estrutura clara para tomada de decisão mesmo em ambientes com baixa maturidade de design ou times reduzidos.Sua essência está na colaboração, na experimentação e no aprendizado contínuo, reduzindo riscos e maximizando o valor entregue.Ilustração de processo de lean UXO ciclo do Lean UX é dividido em três fases principais:
Ser o único designer do time, sem referência direta, sem validação rápida. Só você, o problema e a vontade de acertar.
Ao longo da minha trajetória de quase 7 anos, passei por diferentes tipos de empresa, com propostas, maturidades e estruturas bem distintas. Em quase todas, eu era a única pessoa atuando como UX ou Product Design no time.
Isso pode parecer empolgante (e às vezes era) mas também era assustador. Afinal, eu tinha a responsabilidade de tomar decisões estratégicas sobre a experiência do usuário, muitas vezes sem uma liderança direta de design para apoiar, revisar ou orientar.
Quando migrei do design gráfico para o UX, tudo que eu tinha era o Adobe XD e um sonho. Eu era júnior, mas já precisava aplicar processos de UX, defender decisões e, principalmente, explicar para outras pessoas por que elas faziam sentido. Foi um desafio imenso, mas também o início de um aprendizado que nunca parou.
Tomar decisões sozinho vs. construir em conjunto
Aprender a ouvir pode te ajudar a tomar decisões importantes. Mesmo sendo a única pessoa de UX no time, ainda assim existem outras pessoas ao seu redor que podem (e devem) te apoiar, como PMs (Product Managers) e POs (Product Owners).
Essas pessoas podem ajudar a entender o problema e, aos poucos, podem apontar caminhos. Ao longo da minha trajetória, me apoiei muito nesses papeis, que têm um valor enorme no time.
Construir junto é uma forma de não se sentir sozinho nas decisões, especialmente quando falamos de comunicação. Manter uma relação próxima com o time de desenvolvimento faz toda a diferença, principalmente quando estamos construindo uma nova experiência. E isso é ainda mais essencial quando você está em uma posição júnior no projeto.
O design colaborativo é uma abordagem que permite que uma equipe crie conceitos de produto juntos. Ele ajuda as equipes a construir uma compreensão compartilhada do problema e da solução de design.
- Traduzido de: Jeff Gothelf, Lean UX: Applying Lean Principles to Improve User Experience
Aprendizado na marra
Trabalhar sozinho muitas vezes abre margem para dúvidas e possíveis erros. Como fazer uma boa pesquisa? Como conduzir um teste de usabilidade? Será que estou no caminho certo? Essas perguntas passam (e muito) pela nossa cabeça.
Mas isso não é motivo para não fazer, pelo contrário, é justamente aí que mora o aprendizado. O ser humano aprende muita coisa ao longo da vida, e aprende ainda mais quando precisa. Comigo foi assim: quando surgiam dúvidas, eu pesquisava, tentava, errava, aprendia. E muitas vezes contava com a ajuda de outros colegas designers, que me indicavam vídeos, artigos e materiais como este.
Aprender fazendo sempre foi um caminho valioso, e mesmo sozinho, nunca é completamente só quando se sabe onde procurar apoio.
Mas também existe o lado bom de trabalhar sozinho: os processos estão aí, descritos em livros, cursos e conteúdos que você provavelmente já estudou. Agora é a hora de colocar tudo isso em prática.
Estar sozinho te dá liberdade para testar, adaptar e experimentar, e isso é uma oportunidade valiosa. Criar experiências por conta própria pode parecer desafiador no começo, mas é também uma janela incrível para aprender com autonomia, tomar decisões conscientes e ganhar segurança nas escolhas que você faz.
É no fazer que a teoria ganha vida, e mesmo com incertezas, o caminho vai se construindo.
Como o Lean UX pode ajudar
No fim, atuar sozinho como UX Designer não significa estar isolado de boas decisões. Metodologias como o Lean UX oferecem uma estrutura clara para tomada de decisão mesmo em ambientes com baixa maturidade de design ou times reduzidos.
Sua essência está na colaboração, na experimentação e no aprendizado contínuo, reduzindo riscos e maximizando o valor entregue.
O ciclo do Lean UX é dividido em três fases principais: