Design é árduo
Precisamos sempre ser designers?Illustrations 2024 por Nathan MotzkoDesign é árduo. Explico:Semana retrasada fiz a cirurgia de desvio de septo (por isso não teve news). Foi super tranquila, rápida e a recuperação tem sido melhor do que esperava.Apesar disso, só fui descobrir os detalhes de como iria acontecer poucos dias antes; e quando digo poucos, quero dizer dois dias antes.Ora, qualquer pessoa que vá passar por uma cirurgia se preocuparia em saber coisas como qual o tipo de anestesia vai ser usada, quanto tempo a cirurgia leva, se precisa de internação, quantos dias de afastamento, quais remédios…Eu tinha muitas suposições de todas essas informações — achava que seria anestesia local; achava que não precisaria internar; etc. — mas absolutamente nenhuma certeza.Depois de um (merecido) puxão de orelha, me peguei pensando:Eu, uma pessoa que basicamente vive a vida usando técnicas e métodos para conseguir coletar o máximo de informações sobre procedimentos e atividades, falhei miseravelmente em descobrir mais sobre a minha cirurgia.Falhei em me não preocupar sobre algo que poderia literalmente custar minha vida.Por isso, repito: Design é árduo.Tanto que, acredito ser totalmente compreensível quando “desligamos” a vigilância. O problema é que designers raramente podem se dar a esse luxo. E quando podem, é bem comum fazermos em momentos em que seria importante nos preocuparmos.É importante um equilíbrio estratégico, porque, ser a pessoa “militante” não é tão efetivo (acaba por criar ranço e prejudicar os afetos), mas ser a pessoa apática e desinteressada é justamente o comportamento que dá brecha para as piores decisões em design.Enfim, passou. Estou bem e feliz em ter percebido isso, mas confesso que ainda é difícil ser proativo em lembrar do seguinte:Às vezes precisamos ser designers mesmo quando não estamos fazendo design.Como você lida com isso? Responda esse e-mail ou deixe um comentário.ClicouSe for ver um link essa semana, veja esse.Sentir faz parte do processo? Flavio Pires traz uma reflexão interessante e nos provoca a nos perguntamos como estamos fazendo design. Leia com intenção.Sobre sentimentosPra viagemLeve com você nessa semana.De tempos em tempos eu volto nesse link. É basicamente uma lista de inúmeres perguntas que designers deveriam estar fazendo. Acho que tá na hora de revisitar.Qual pergunta você sempre faz e qual vai passar a fazer depois dessa lista?Questions designers should be askingO que achou dessa edição?Comente ou responda a esse e-mail e vamos conversar :)Design é árduo was originally published in UX Collective

Precisamos sempre ser designers?

Design é árduo. Explico:
Semana retrasada fiz a cirurgia de desvio de septo (por isso não teve news). Foi super tranquila, rápida e a recuperação tem sido melhor do que esperava.
Apesar disso, só fui descobrir os detalhes de como iria acontecer poucos dias antes; e quando digo poucos, quero dizer dois dias antes.
Ora, qualquer pessoa que vá passar por uma cirurgia se preocuparia em saber coisas como qual o tipo de anestesia vai ser usada, quanto tempo a cirurgia leva, se precisa de internação, quantos dias de afastamento, quais remédios…
Eu tinha muitas suposições de todas essas informações — achava que seria anestesia local; achava que não precisaria internar; etc. — mas absolutamente nenhuma certeza.
Depois de um (merecido) puxão de orelha, me peguei pensando:
Eu, uma pessoa que basicamente vive a vida usando técnicas e métodos para conseguir coletar o máximo de informações sobre procedimentos e atividades, falhei miseravelmente em descobrir mais sobre a minha cirurgia.
Falhei em me não preocupar sobre algo que poderia literalmente custar minha vida.
Por isso, repito: Design é árduo.
Tanto que, acredito ser totalmente compreensível quando “desligamos” a vigilância. O problema é que designers raramente podem se dar a esse luxo. E quando podem, é bem comum fazermos em momentos em que seria importante nos preocuparmos.
É importante um equilíbrio estratégico, porque, ser a pessoa “militante” não é tão efetivo (acaba por criar ranço e prejudicar os afetos), mas ser a pessoa apática e desinteressada é justamente o comportamento que dá brecha para as piores decisões em design.
Enfim, passou. Estou bem e feliz em ter percebido isso, mas confesso que ainda é difícil ser proativo em lembrar do seguinte:
Às vezes precisamos ser designers mesmo quando não estamos fazendo design.
Como você lida com isso? Responda esse e-mail ou deixe um comentário.
Clicou
Se for ver um link essa semana, veja esse.
Sentir faz parte do processo? Flavio Pires traz uma reflexão interessante e nos provoca a nos perguntamos como estamos fazendo design. Leia com intenção.
Sobre sentimentos


Pra viagem
De tempos em tempos eu volto nesse link. É basicamente uma lista de inúmeres perguntas que designers deveriam estar fazendo. Acho que tá na hora de revisitar.
Qual pergunta você sempre faz e qual vai passar a fazer depois dessa lista?
Questions designers should be asking


O que achou dessa edição?
Comente ou responda a esse e-mail e vamos conversar :)
Design é árduo was originally published in UX Collective