Dandara Queiroz: uma força indígena que transforma moda e arte

Dandara Queiroz veste vestido Cynthia Rowley na Trash Chic, botas Fernando Pires, óculos Bottega Veneta por Protus Group, anéis Héctor Albertazzi – Direção criativa: Kleber Matheus, fotos: Wallace Domingues, e sytling:Maika Mano

Nascida em Araçatuba (SP) e criada em Três Lagoas (MS), Dandara Queiroz carrega a força de suas raízes tupi-guarani e a transforma em expressão artística, ativismo e representatividade. Aos 27 anos, ela já soma conquistas notáveis em diferentes áreas: é modelo recordista, atriz em ascensão na televisão brasileira e uma potente voz da cultura indígena contemporânea.

Muito antes de pisar nas passarelas e estrelar produções na TV Globo, Dandara teve uma trajetória diversa — estudou Arquitetura e Urbanismo e chegou a trabalhar como corretora de seguros e atendente de loja. Mas foi na moda que sua presença tornou-se impossível de ignorar. Em apenas dois anos, participou de cerca de 250 trabalhos e, em 2022, entrou para a história da São Paulo Fashion Week ao desfilar para dez marcas diferentes, tornando-se a modelo com mais entradas naquela edição.

Dandara Queiroz veste vestido PUFFER João Pimenta ÓcuLos Balenciaga por Protus Group – Direção criativa: Kleber Matheus, fotos: Wallace Domingues, e sytling:Maika Mano.

Seu talento não parou na moda. Em 2023, estreou como atriz no especial “Falas da Terra”, uma produção que deu visibilidade à cultura indígena do Mato Grosso do Sul. Depois, integrou o elenco da novela “No Rancho Fundo”, interpretando a personagem Benvinda, papel que ampliou ainda mais sua presença nas telas e na dramaturgia nacional.

Dandara também é uma artista de corpo e alma. Desde pequena, se dedica às pinturas corporais com jenipapo e urucum, resgatando práticas ancestrais e ressignificando-as como forma de arte e identidade. Além disso, cria amuletos, canta, compõe e segue usando a arte como ferramenta de resistência e conexão.

Com autenticidade e compromisso, Dandara Queiroz representa uma nova geração de artistas indígenas que não apenas ocupam espaços antes negados, mas os reinventam — desafiando estereótipos, provocando reflexão e promovendo um Brasil mais diverso, sensível e plural.

Confira o editorial de Dandara Queiroz na BAZZAR:

 

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