“Você não será atleta?” Ela provou o contrário: a história de superação de Giovanna Boscolo

​​Diagnosticada com doença neurodegerativa aos 15 anos, Giovanna Boscolo é campeã mundial no Lançamento de Club

Mar 25, 2025 - 13:53
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“Você não será atleta?” Ela provou o contrário: a história de superação de Giovanna Boscolo

“Você vai poder ser tudo, menos atleta.” Essas foram as primeiras palavras que Giovanna Boscolo ouviu do médico após ser diagnosticada com Ataxia de Friedreich, doença neurodegenerativa que afeta o equilíbrio, a coordenação e a energia, e que atinge 1 em cada 50 mil pessoas.

Sete anos depois, porém, a paulista de 22 anos se tornou medalhista mundial na modalidade de Lançamento de Club — um tipo de bastão com uma ponta arredondada — na classe F32 e foi destaque na Paralimpíada de Paris.

O início de sua carreira foi precoce. Aos 9 anos, começou a fazer propagandas e desfiles, o que, posteriormente, lhe garantiu o papel de Michelle Kubitschek na novela infantojuvenil Chiquititas, do SBT.

Mas sua relação com o esporte surgiu antes da TV. Os pais, que são professores de educação física, a incentivaram a praticar diversas atividades: alternou entre patinação, judô, e taekwondo, antes de optar pela ginástica aeróbica.

Aos 11 anos, chegou a ser campeã brasileira na modalidade. Aos 12, porém, Giovanna começou a apresentar lesões que não eram compatíveis com a atividade.

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O diagnóstico veio aos 15 anos. Aceitá-lo, no entanto, tomou quatro anos. Os sinais perceptíveis começaram a aparecer e a ex-atriz resolveu cursar biomedicina para entender melhor as questões genéticas que envolviam o seu próprio corpo.

A atleta conheceu o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) por uma amiga de sua mãe. Em 2023, recebeu o convite para treinar atletismo e começou a competir nas categorias de arremesso de peso e de club.

“O esporte paralímpico me ajudou a ver que eu sou capaz. Tenho certeza de que não seria a Giovanna que sou hoje se não tivesse a doença. Eu amadureci e cresci muito. Se me falassem ‘vou tirar a ataxia, mas junto vou tirar as pessoas que você conheceu, você quer?’ Não. Sinto que quem eu sou hoje em dia é graças, não à ataxia, mas a como eu lidei com ela”, reflete a atleta.

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Foi apenas em fevereiro de 2024 que ela abriu o seu diagnóstico nas redes sociais, onde acumula mais de 50 mil seguidores: “Ao mesmo tempo em que ficava insegura, me senti liberta”. Seus planos para o futuro já estão decididos: “Meu objetivo é ser atleta. Tenho muita vontade de conseguir incentivar outros através do que eu faço”. 

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