Scream & Yell anuncia parceria com a plataforma Novo Rock Gaúcho (NRG)

Dar visibilidade à música autoral do Rio Grande do Sul é o objetivo da plataforma Novo Rock Gaúcho (NRG). Para tanto, é importante repercutir o trabalho para além das fronteiras do estado mais ao sul do Brasil. É por isso que o projeto firmou uma colaboração com o Scream & Yell (S&Y). A cada mês, o NRG ganha uma publicação no portal de cultura pop nacional para mostrar um pouco do que rola na cena gaúcha. Estão previstos conteúdos que, por ora, podem variar entre entrevistas e indicações de artistas. Oficializando o início da parceria está um papo com a banda porto-alegrense de post punk The Completers, que lança álbum de estreia em 28 de março.

“A forma democrática como o S&Y atua, dando espaço para bandas do pop ao som extremo, vai ao encontro da nossa proposta. Considero o site como um dos mais relevantes dentro do jornalismo musical e cultural em atividade no país, e fico contente com esse espaço que nos foi disponibilizado”, afirma o jornalista Homero Pivotto Jr., um dos responsáveis pelo NRG e colaborador do S&Y de outros carnavais.

“Sempre entendi o Scream & Yell como um guarda-chuva com a possibilidade de abrigar diversas manifestações jornalísticas e culturais debaixo dele. Em certa época, quando tínhamos duas capas independentes que se alternavam minuto a minuto, usei uma das capas para destacar apenas conteúdo de sites “que eu admirava e que eu achava que as pessoas deveriam ler e conhecer. Durou pouco, mas foi bacana. Com o NRG, a gente retoma um pouco disso unindo com o que a gente já faz com os amigos italianos da Kalporz, com os vídeos do All Beers e com a republicação dos e-books da Mojo, entre outros. Seja bem-vindo, NRG”, festeja o editor e criador do Scream & Yell, Marcelo Costa.

A iniciativa da plataforma Novo Rock Gaúcho (NRG) foi idealizada pelo músico Jaydson Gomes, responsável também por criar o site. Com o intuito de tocar a empreitada adiante, ele chamou Homero Pivotto Jr. para dividir a curadoria e o gerenciamento de conteúdo. Ao compilar informações sobre artistas do RS que estão na batalha para mostrar suas produções, o projeto serve como vitrine gratuita e também como material de pesquisa, com dados sobre a produção musical no RS, principalmente do circuito independente.

Sonoridades dos mais diferentes estilos são bem-vindas. Os próprios interessados podem enviar material pelo link “Envie” no topo da página. Eventos e espaços para shows também têm espaço no portal.

O projeto começou como uma playlist do Spotify para destacar o circuito rockeiro estadual. Porém, ganhou formato mais amplo para facilitar o acesso de quem não usa o player e agregar informações mais completas sobre os nomes listados (tipo de som, descrição, redes sociais, onde escutar, links importantes, fotos e vídeos).

“É como se fosse uma playlist, só que aberta e mais rica. O Novo Rock Gaúcho permite um panorama mais completo sobre os artistas do que os streamings ou redes sociais. É um espaço centralizado e de fácil navegação”, explica Jaydson, que também é empreendedor de tecnologia. Ainda que o foco seja o gênero que popularizou as guitarras no século passado e suas vertentes, a iniciativa busca contemplar também outros gêneros, do pop ao trap e rap, passando por MPB, blues, jazz e possíveis combinações sonoras.

“É, antes de qualquer coisa, uma ideia, um movimento para mostrar que tem muita música bacana rolando no underground. Isso em todo o Brasil, até mesmo em nível mundial, mas optamos pelo recorte estadual por ser o que temos condições de abraçar”, pontua Homero, que complementa: “Funciona como catálogo. Pode parecer simples e talvez até óbvio, mas que no momento faz sentido para termos noção de o que está sendo feito nestes pagos musicalmente. É uma ferramenta de busca não só para quem toca, mas também para ouvintes, colegas de imprensa, produtores de eventos e casas de show.”

Quem está elencado no Novo Rock Gaúcho tem uma espécie de perfil próprio. Ao clicar no ícone da banda ou músico na página principal, é feito o direcionamento para um link somente sobre esse artista. “É algo que pode ser usado pelos próprios músicos como material de apresentação, pois contempla o que se precisa saber sobre os artistas”, destaca Jaydson. Cada cadastro é armazenado em um banco de dados. A intenção é que as informações (cidade de origem e estilo, por exemplo) possam auxiliar em possíveis pesquisas e no mapeamento do que está sendo produzido no cenário atual da música gaúcha.