Fim do Home Office: desafios e estratégias para o retorno

Após o fim definitivo da pandemia, está na hora de refletir sobre como lidar com esse fato iminente

Mar 25, 2025 - 22:40
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Fim do Home Office: desafios e estratégias para o retorno

Ao longo dos últimos cinco anos experimentamos mudanças significativas no mercado de trabalho. Algumas delas, como sabemos, aconteceram de forma emergencial em função da pandemia de Covid-19.  Foi o caso da adoção do modelo Home Office como novo padrão de trabalho pela maioria das empresas no Brasil e no mundo naquele momento de crise sanitária.

No entanto, a prática que se fortaleceu em meio ao caos pandêmico e conquistou grande parte dos trabalhadores mundo afora, sendo aclamada por empresas de diferentes perfis, das mais inovadoras até as mais conservadoras, começou a ser fortemente questionada nos últimos dois anos.

O fato é que o padrão Home Office iniciou o ano de 2025 em declínio, com inúmeras companhias propondo uma reorganização de rota. Algumas empresas já colocaram um ponto final no trabalho remoto neste início de ano.

Gigantes como a Amazon, entre outras que funcionam como grandes influenciadoras dos novos padrões de comportamento do mundo corporativo moderno, começaram 2025 estabelecendo o fim do trabalho remoto para seus funcionários e exigindo a volta ao presencial.

Mas será que o movimento iniciado por essas empresas vai decretar, efetivamente, o fim do Home Office?

Essa controvérsia tem movimentado o mercado de trabalho nos últimos meses e dividido opiniões de empresas, gestores e colaboradores. Na balança dos pontos positivos e negativos da manutenção ou não do Home Office, dois elementos considerados muito importantes pelo comando dessas companhias têm sido apontados como um dos principais motivos para a volta ao trabalho presencial: inovação e colaboração.

Os líderes de algumas dessas empresas argumentam que a inovação é fortemente prejudicada no formato Home Office, principalmente quando o que está em jogo é a criação de projetos. A avaliação é de que a interação social e a colaboração que acontecem no presencial são fundamentais para o entrosamento de equipes e o desenvolvimento de inovações.

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Para estes líderes, no ambiente de trabalho esse comportamento acontece de maneira mais autêntica, colaborativa e assertiva aumentando a confiança entre colaboradores e gestores.

Destaco ainda outros itens que também vêm sendo apontados pelas empresas como vilões do trabalho remoto. Entram nesse balaio a produtividade, a criatividade e a autogestão, questões que realmente podem impactar diretamente os resultados das empresas.

Vale ressaltar ainda em meio a essa discussão sobre o fim do Home Office ou não, que muitas companhias, nacionais e internacionais, também adotaram o padrão híbrido logo após a pandemia. Na verdade, esse formato funciona como uma ponte entre o trabalho remoto e o presencial, reduzindo dessa forma os pontos que são classificados como negativos no modo Home Office.

Adotado de forma crescente por diversas empresas, o padrão Híbrido parece ter sido aprovado ao longo desse período tanto por gestores como colaboradores, já que promove uma flexibilidade positiva entre o remoto e o presencial. A verdade é que a experiência do trabalho remoto arrebatou grande parte dos funcionários, principalmente os da geração Z que cultuam o bem-estar profissional como algo inquestionável. 

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Para grande parte dos profissionais dessa geração, e de outras, o Home Office até o momento era um formato inegociável pela série de vantagens que oferece aos funcionários. Fatores como mobilidade, flexibilidade, liberdade, bem-estar e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional estão entre os pontos altos apontados por muitos colaboradores.

A pergunta que não quer calar é: com essa nova transformação do mercado, como ficarão esses profissionais? Eles se adaptarão ou não ao presencial? Muitos apostam no formato híbrido acreditando que ele poderá ser uma alternativa para aqueles que não aprovam a volta ao trabalho presencial. 

Mas será que o híbrido continuará sendo adotado por muitas empresas ou a única saída será mesmo o trabalho totalmente presencial? São questionamentos que dependem de uma série de fatores para serem respondidos com alguma certeza. Sabemos que as duas pontas apresentam vantagens e desvantagens para as empresas e para os seus funcionários. Na minha avaliação tudo dependerá do perfil e da meta de cada empresa nos próximos anos.

É inegável que apesar das transformações que estão acontecendo, o trabalho remoto ainda é visto por muitos profissionais como um importante diferencial diante de um mercado que a cada dia se torna mais competitivo. 

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E você, como se posiciona como profissional diante dessa decisão imposta por várias empresas? Abaixo ressalto algumas vantagens e desvantagens do remoto e do presencial.

Mobilidade – Não há dúvidas de que o deslocamento diário de casa até o local do trabalho é um ponto favorável ao Home Office. Principalmente para quem depende de transporte público e mora mais distante do trabalho. Acordar e poder iniciar sua jornada de forma mais descansada é um privilégio. Por outro lado, muitos profissionais se ressentem de não terem em casa alguns confortos que o ambiente de trabalho oferece.

Interação Social – Se por um lado trabalhar na tranquilidade de sua casa de maneira mais confortável é um fator muito positivo, também devemos pensar no quanto pode ser saudável a interação social presencial, como ela pode nos abrir novas possibilidades e ampliar nossa rede de network para decisões futuras, além de deixar nosso valor profissional mais evidente diante de nossos gestores. 

Autonomia e Bem-Estar – Um dos pontos altos do trabalho remoto é a chance maior de equilibrar a vida pessoal e a profissional. Com organização, responsabilidade e autogestão o colaborador consegue atender sem percalços surpreendentes as demandas de trabalho e familiar. O trabalho híbrido também proporciona essa flexibilidade, permitindo mais tranquilidade para exercer a sua função. 

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Produtividade – Um grande desafio do trabalho remoto é manter a produtividade em alta de forma que não comprometa a sua imagem profissional. Afinal, esse é um dos principais argumentos das empresas que estão decidindo pelo retorno ao trabalho presencial. No entanto, muito profissionais se sentem mais produtivos e criativos em casa para gerenciar seu trabalho sem o estresse comum ao modo presencial. 

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