Fight or Flight: Explicamos o final do filme

Antes mesmo de chegar ao seu desfecho, Fight or Flight já tinha deixado claro que não se tratava apenas de mais um entre vários filmes de ação que se passam dentro de um avião.

A produção equilibra tiroteios, reviravoltas e críticas sociais em uma narrativa que vai se transformando à medida que o protagonista descobre em quem pode confiar e, quando o filme chega ao fim, o público se vê diante de um último ato que muda o rumo da história por completo.

Embora traga respostas importantes, o final da trama é cercado de incertezas e pistas sobre algo muito maior. Com uma sequência já sendo especulada, a conclusão deixa espaço para a expansão do universo criado por James Madigan.

A verdadeira identidade de The Ghost

Desde o início, a missão de Lucas parecia simples: localizar e capturar um hacker perigoso conhecido como The Ghost. Contratado por sua antiga parceira Katherine Brunt, ele acreditava estar servindo a um propósito maior, mas, à medida que avança pelo avião, cercado por assassinos e encurralado por interesses ocultos, ele percebe que nada ali é o que parece.

Entre as viradas mais surpreendentes do roteiro está a revelação de que Isha, a comissária de bordo, é na verdade a hacker procurada. Inicialmente descrita como terrorista, ela revela que sua motivação é impedir que a tecnologia seja usada para exploração, especialmente de crianças.

Dessa forma, sua verdadeira missão se transforma. O mercenário, que a princípio deveria capturá-la, passa a protegê-la, e precisa descobrir quem são os verdadeiros vilões por trás da operação.

Ao escolher ficar ao lado da hacker, Lucas abandona as ordens que recebeu e passa a agir por convicção.

Conflito de interesses e traições no ar

Ao longo da missão, fica claro que os objetivos dos envolvidos não são os mesmos. Aaron Hunter, braço direito de Katherine, atua por interesse próprio. Ele descobre que The Ghost possui um dispositivo com poder suficiente para transformar o setor de tecnologia, e decide vendê-lo para lucrar. É ele quem entrega Lucas aos assassinos a bordo.

Katherine, por sua vez, hesita, mas acaba cedendo à ambição. Inicialmente determinada a capturar a hacker viva, ela muda de posição ao saber do valor comercial do dispositivo.

A revelação de que ela e Aaron não são agentes do governo, mas funcionários de uma big tech chamada BlueHype, reforça a crítica que o filme faz ao poder dessas corporações.

A decisão de Katherine de matar Aaron resume bem o tipo de personagem que ela é. Quando o avião falha em pousar no local combinado, ela o considera inútil e atira na cabeça dele sem hesitar. A cena revela sua frieza e determinação em controlar o dispositivo a qualquer custo.

O final aberto e o possível futuro da franquia

No clímax do filme, Lucas decide trair seus empregadores para salvar a hacker conhecida como The Ghost. Essa escolha o coloca em risco imediato, culminando em sua perda de consciência dentro do avião.

Quando ele acorda, se encontra em um prédio em ruínas, sob ataque, e com sinais de que antes servia como escola. O lugar parece funcionar como um abrigo improvisado, mas sua localização nunca é revelada.

O que se sabe é que o avião nunca chegou a San Francisco, como planejado. The Ghost revela que ela própria estava pilotando a aeronave e que o destino era outro.

Na última cena, Lucas acorda no esconderijo e é recebido por Isha, que diz: “Boas notícias, você não morreu. Más notícias, ainda não acabou.” O tom da fala é cômico, mas deixa claro que os dois ainda têm muito pela frente.

A resposta de Lucas – um simples e cansado “ah, merda” – encerra o filme com leveza, mas também com a sensação de que essa foi apenas a primeira etapa de uma longa jornada.

Fight or Flight está disponível na Prime Video.

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