Diego Luna dá detalhes de Andor, considerada melhor série dramática do ano

Num papo exclusivo com CLAUDIA o ator fala da emoção de estar no universo de Star Wars e (sob pressão) a conexão entre Cassian e Jyn Erso em Rogue One

May 4, 2025 - 15:18
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Diego Luna dá detalhes de Andor, considerada melhor série dramática do ano

Só reparei que não parei de sorrir para Diego Luna quando me vi no vídeo depois do fim do nosso papo online, com ele no México e eu no Brasil. A conversa via zoom foi para falarmos do estrondoso sucesso de Andor, eleita pelos críticos que tiveram acesso aos episódios completos como a melhor série dramática de 2025. Estou entre eles (daí o sorriso inevitável).

Diego é a grande estrela do spin-off do spin-off: a primeira vez que o vimos como o rebelde Cassian Andor foi no filme Rogue One, em 2016, ou seja, há quase 10 anos.

A série Andor chegou à plataforma da Disney+ em 2022, nos deixando ainda mais abismados com o brilhantismo do diretor e roteirista Tony Gilroy, que trouxe para o universo de Star Wars os rebeldes “comuns”, aqueles que não tinham luxo ou habilidades de Jedis, mas que deram suas vidas para salvar a Galáxia da tirania do Império.

Agora não é apenas sobre ação, mas toda trama política e tensa que costurou o movimento rebelde, mais tarde liderado por Leia Organa e Luke Skywalker.

Se Rogue One antecipava o longa Star Wars – Uma Nova Esperança, a série Andor antecipa em cinco anos tudo que acontece no filme de 2016, mudando para sempre a nossa visão do que achávamos que sabíamos.

Há sacrifícios, há romances, há lutas, há desencontros, há desespero e há esperança. Tudo amarrado nos mínimos detalhes, nada – NADA MESMO – fica solto e a emoção é inevitável, em especial para os grandes fãs da franquia como eu.

A proposta inicial era de que cada temporada de Andor fosse cobrir um ano na vida de Cassian, mas seria inviável e a segunda temporada será a última: avançando um ano a cada três episódios. Sei que soa apressado e difícil, mas não é. Acompanhamos com facilidade as reviravoltas (e há inúmeras). Há surpresas até literalmente a última cena, mas é tão melhor sem SPOILERS que me esforçarei a não entrar em detalhes. Desculpem!

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Nós reencontramos Cassian cada vez mais envolvido com a rebelião, vivendo um romance com Bix Caleen (Adria Arjona), a traumatizada mecânica que traz uma camada ainda mais complexa ao meu herói favorito de toda a saga.

Na 1ª temporada de Andor é justamente Bix quem, indiretamente, altera o destino de Cassian ao colocá-lo em contato com a trama que culminará em Rogue One.

Ela é uma personagem que permanece misteriosa dentro do universo Star Wars porque, apesar de sua importância, está ausente de todas as tramas seguintes. Ainda assim, SPOILER ALERT, na conclusão de Andor, fica claro que Bix é peça-chave na manutenção da esperança dos rebeldes. E de uma maneira inesperada.

Com isso em mente e no coração, quando o ator Diego Luna comenta que veremos Rogue One completamente diferente depois da série ele não está exagerando. Sem querer disfarçar meu romantismo obvio, depois da conclusão de Andor a minha “certeza” da conexão de Andor e Jyn Erso (Felicity Jones) ganhou uma nova perspectiva e coloquei o ator na parede sobre a lendária “cena do elevador” no filme de 2016. Ele foi elegante em sua resposta. Aqui nosso papo exclusivo – SEM SPOILERS – para CLAUDIA.

Ana Claudia Paixão entevistou o ator Diego Luna
Ana Claudia Paixão entrevistou o ator Diego LunaAna Claudia Paixão/Reprodução
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Entrevista com Diego Luna

CLAUDIA: Parabéns, pelo grande trabalho em Andor. Pra mim, Cassian está no patamar heroico de Luke Skywalker e é até mais atuante que Han Solo.

DIEGO LUNA: Muito obrigado, obrigado por isso. Para mim, Cassian também é muito especial. E já faz 10 anos que trabalho com um personagem que me fez apaixonar novamente pelo universo de Star Wars, vendo-o de outra perspectiva. São histórias que eu nunca tinha ouvido antes. Nos filmes que me marcaram [a trilogia inicial], há muitos nomes, há muitos seres anônimos que foram cruciais na história desta saga, certo?

CLAUDIA: Certamente. Para você, qual é o momento – ou cena – que simboliza mais a transformação da Cassian em herói?

DIEGO LUNA: Bem, olhe. Eu diria que os episódios 8 e 9 são cruciais para Cassian chegar onde ele chegou e se tornar o cara que conhecemos em Rogue One, o momento em que ele finalmente entende isso. A importância de se envolver tem muito a ver com os eventos dos episódios 8 e 9 desta segunda temporada. Não posso dizer mais nada para porque eles ainda não foram lançados.

CLAUDIA: Sim, vi os episódios e eu sei exatamente o que menciona.

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DIEGO LUNA: Você sabe exatamente do que estou falando.

CLAUDIA: Mas, como fã, tenho que fazer uma pergunta. Sempre tive a impressão de que havia uma conexão muito especial entre Cassian e Jyn Erson em Rogue One, ainda que não fosse romântica (porque não tiveram tempo), mas naquele elevador a impressão é que houve um beijo que a gente não vê muito bem. Agora, sabendo tudo o que sabemos sobre Cassian e Bix, seria imaginação romântica? [Diego começa a rir] Não parta meu coração.

DIEGO LUNA: Sem dúvida, Rogue One ganha um novo significado quando você vê Andor. Mas você também tem que aceitar a complexidade que esses personagens têm e que isso reflete em Rogue One, dando a eles a possibilidade de serem contraditórios. Vou deixar você responder à pergunta porque acho que todas as informações estão lá agora. Agora você tem todas as ferramentas para decidir o que significa não apenas aquele momento, mas cada momento de Rogue One e o que está por trás daquelas palavras que ele diz e daquelas decisões que ele toma. [risos] A única coisa que posso te dizer é que sim, Rogue One se torna mais complexo depois que temos Andor em mente.

CLAUDIA: Ok, vou continuar com a minha imaginação: houve um momento, sou romântica, e afinal foram os últimos momentos deles…

DIEGO LUNA: [rindo] … eu também sou romântico! Eu também sou romântico e acho que Cassian é um romântico, mesmo que ele não pareça.

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[fica oficial que Diego Luna me permitiu fantasiar o beijo no elevador entre Cassian e Jyn! risos]

CLAUDIA: Então tenho mais esperança de que não tenha sido apenas imaginação. Mas… sabendo o que sabemos agora a surpresa final de Andor, que não vamos dizer aqui: você acha que Cassian teria feito algo diferente se soubesse?

DIEGO LUNA: [surpreso e depois de um longo silêncio, refletindo]

Não sei. É uma boa pergunta, acho que não, acho que não…

CLAUDIA: É algo que muda bastante o final de Rogue One

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DIEGO LUNA: Sim! [Pensa mais um tempo] Mas acho que não. Não acho que Cassian teria feito nada diferente, mas, bem, nunca saberemos…

CLAUDIA: Verdade, realmente, muito triste. E depois desses 10 anos: qual é a principal mensagem que você leva de Andor e de Star Wars e gostaria que nós carreguemos também?

DIEGO LUNA: Sem dúvida, tanto a nível pessoal como profissional, tanto como ator como produtor, desse personagem e dessa história é a importância da comunidade, não a importância de fazer parte de uma comunidade, mas de reconhecer e se encontrar em uma comunidade. Sou profundamente grato à Comunidade [de Star Wars] ao qual hoje pertenço graças a este projeto, tanto a todas as pessoas que acompanharam o nosso trabalho e para quem o que fizemos é importante. A comunidade de profissionais e colaboradores, com quem tenho trabalhado todos estes anos e aprendido e crescido juntos.

CLAUDIA: De novo: parabéns. Para mim é a melhor série do ano e uma das melhores no universo de Star Wars.

DIEGO LUNA: Muito obrigado. Obrigado.

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