Conheça o Melhor Disco da Música Portuguesa dos últimos 40 anos

Um júri de 170 pessoas ligadas ao meio da música convocado pela conceituada revista portuguesa Blitz no final de 2024 escolheu o Melhor Disco da Música Portuguesa dos últimos 40 anos

May 5, 2025 - 12:13
 0
Conheça o Melhor Disco da Música Portuguesa dos últimos 40 anos

Lançado em 1994, “Viagens”, de Pedro Abrunhosa e Bandemónio, foi o disco mais votado por um júri de 170 pessoas ligadas ao meio da música convocado pela conceituada revista portuguesa Blitz no final de 2024, uma lista de votantes que congrega artistas, editores, agentes, managers, promotores, produtores de espetáculos, radialistas e jornalistas de órgãos de comunicação social.

“Viagens” foi um grande sucesso de vendas na época de seu lançamento atingindo a marca de platina triplo com vendas superiores a 240 mil unidades em 1994. Já em 2009, a revista Blitz o apontava como o melhor álbum dos anos noventa da música portuguesa, e agora, 15 anos depois, o disco aparece no topo de uma lista que ainda conta, no Top 5, com “O Monstro Precisa de Amigos”, dos Ornatos Violeta (2º), “Circo de Feras”, dos Xutos & Pontapés (3º), “Dar & Receber”, de António Variações (4º), e “Psicopátria”, dos GNR (5º).

Em entrevista à Leandro Saueia publicada no Scream & Yell, Pedro Abrunhosa – que virá ao Brasil para uma série de shows em Belo Horizonte (SesiMinas, 15/5), São Paulo (Casa Natura Musical, 16/5), Porto Alegre (Teatro Unisinos, 18/5) e Rio de Janeiro (Teatro Prio, 21/5) – comentou o reconhecimento de seu álbum mais famoso:

“Esta expressão, melhor, é sempre… complicada. Porque, se calhar, é o disco mais consentâneo com o seu tempo. Ele transmite muito do seu próprio tempo e faz outra coisa: abre portas para o futuro. Nesse sentido, a arte é sempre um compromisso entre o que está feito e o que falta fazer. E esse disco conseguiu isso. O “Viagens” é um disco que retrata sociologicamente o mundo, o meu país e simultaneamente, consegue tocar a população portuguesa de igual maneira. Portanto, é um disco que fratura, que rompe, que ousa. Ele é diferente e rompe com aquela coisa do fado, da mulher de bigode chorando (risos), o marinheiro que não volta, ele já não tem isso. E que, simultaneamente, ganha o respeito dos portugueses. Portanto, consegue as duas coisas. Tradição com o futuro. Há momentos, há obras que, de repente, capturam o zeitgeist, esse momento do tempo”.

Ouça o álbum na integra abaixo e leia a entrevista completa no Scream & Yell!