Terno Rei fala sobre “Nenhuma Estrela”, parceria de Lô Borges e novos rumos

O Terno Rei nos contou mais sobre "Nenhuma Estrela", quinto disco que chega às plataformas nesta quarta (15/04). The post Terno Rei fala sobre “Nenhuma Estrela”, parceria de Lô Borges e novos rumos appeared first on NOIZE | Música do site à revista.

Apr 15, 2025 - 19:42
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Terno Rei fala sobre “Nenhuma Estrela”, parceria de Lô Borges e novos rumos

O tão aguardado quinto álbum do Terno Rei, Nenhuma Estrela, chega às plataformas de streaming nesta terça (15/04), pela Balaclava Records. Os fãs que foram ao show da banda no Lollapalooza tiveram uma prévia de como as novas faixas soam ao vivo — junto aos hits que já estão na boca do público desde os lançamentos de Violeta (2019) e Gêmeos (2022), como “Yoko”, “Brutal” e “Dias de Juventude”.

A banda paulistana representa bem o rock nacional em um contexto que ultrapassa as barreiras do underground. Construíram um público fiel, tocam em grandes festivais e têm liberdade para lançar o som que convém à maturidade sonora dos integrantes, transitando com segurança entre o pop rock e o indie mais alternativo.

“A gente compõe e produz tendo várias referências, né? Ao mesmo tempo que Sonic Youth ou Pixies e Smashing Punpinks são inspirações, nós também temos Samuel Rosa, Clube da Esquina… Cada música pede uma coisa: às vezes ela vai ficar muito indie ou pop rock… isso não importa muito. Se gente amar, tá tudo certo. A gente busca se divertir, então, não interessa tanto em qual gênero musical vai sair”, nos conta o vocalista e compositor Ale Sater, durante um papo no backstage do Lollapalooza.

Essa autenticidade sonora está presente no novo trabalho, que ganha produção de Gustavo Schirmer (repetindo a dobradinha dos dois últimos álbuns) e Nicolas Vernhes, francês que já trabalhou com o Wild Nothing e The War On Drugs. Bebendo das fontes já conhecidas a quem acompanha a banda — como The Cure, Blur, DIIV e um misto de Skank com Clube da EsquinaNenhuma Estrela traz uma vibe soturna do pós-punk dos anos 1980, ainda que soe mais dançante, como em “Tempo”, que remete aos hits do Depeche Mode que ainda fazem sucesso nos inferninhos por aí, ou “Peito”, com um excelente groove nas guitarras, abrindo o disco.

A maturidade também é tema das composições de Ale Sater, o que se evidencia em “32”. Os versos refletem sobre a passagem do tempo e a autodescoberta, como em “aguenta muitos socos, eu sinto nos ossos, eu sinto ao acordar, que agora sou eu”.

Nenhuma Estrela também inclui potenciais hits que prometem fazer o público cantar junto. Isso já pode ser percebido com o lançamento de “Próxima Parada”, single que adiantava a vibe do disco e logo se tornou das mais reproduzidas nas plataformas de streaming da banda.

A faixa-título foi a última música de trabalho, “Nenhuma Estrela”, é uma das favoritas dos integrantes. “Esse nome me lembra coisas boas dos anos 80… meio que casou com o que a gente tava buscando para conceituar o disco”, conta Ale Sater.

Parcerias mineiras

Ligados à variedade da música mineira, o disco conta com duas participações da capital do estado: Clara Borges, do duo de synth e h-pop Paira (em “Tempo”) e Lô Borges (em “Relógio”). Antes, a banda já havia tocado com Samuel Rosa, com quem dividem o palco no próximo Popload Fest. “A gente foi muito para Minas Gerais, né? Gostamos de tudo de lá, da arte, das pessoas, da comida”, diz Ale Sater. “Então, é inevitável que a gente ouça bastante coisa de lá, é o caso desses artistas incríveis”, comenta. A parceria com Lô, de quem a banda é fã, foi um caso à parte. “Veio numa hora perfeita. A gente fez ‘Relógio’ e logo vimos que se encaixava muito com o estilo dele. Fizemos o convite e ele topou. Gravou a parte dele em apenas 3 dias e já nos mandou!”, conta.

Para os integrantes, trata-se um dos trabalhos favoritos — e a expectativa sobre como o público vai recebê-lo é grande. “Este disco tem um lado soturno e aquela boa e velha melancolia. São letras sobre as nossas vidas que acabam batendo com a vida das pessoas também, isso é muito legal. Eu espero que gostem”.

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