Crítica: Thunderbolts* traz frescor para a Marvel e mostra que heróis também têm sentimentos

Novo filme da Marvel é tudo aquilo que prometeu: descontração com uma química indescritível O post Crítica: Thunderbolts* traz frescor para a Marvel e mostra que heróis também têm sentimentos apareceu primeiro em Observatório do Cinema.

Apr 30, 2025 - 16:31
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Crítica: Thunderbolts* traz frescor para a Marvel e mostra que heróis também têm sentimentos

Não é novidade para ninguém que a Marvel não está em sua melhor fase nos cinemas. Após atingir seu ápice com Vingadores: Ultimato, o estúdio viu seu nome e a qualidade de suas produções decaírem ao longo dos últimos anos. Porém, assim como qualquer outra surpresa, estava nas mãos da coisa mais improvável trazer o frescor que a Casa das Ideias tanto precisava – nesse caso, o nascimento dos Thunderbolts* nas telonas.

Focado nos mais recentes anti-heróis da Marvel, a produção tem como premissa mostrar os desenrolares dos últimos acontecimentos do MCU na vida desses personagens. Enquanto Bucky Barnes (Sebastian Stan) se arrisca em uma vida pública e com a intenção de protejer o povo, Yelena Belova (Florence Pugh) luta contra suas próprias emoções ao encarar o luto pela irmã (Scarlett Johansson). Apesar de continuar sua vida – e usar o famoso “se arriscar para sentir algo” –, Yelena segue no automático e até mesmo se filia a Valentina Allegra de la Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) para ajudar em missões um tanto questionáveis do governo americano.

Acontece que, algum tempo depois, Valentina resolve que seu apoio, e também de outros ex-vilões, não é mais necessário. Ao se verem numa emboscada, Yelena, John Walker (Wyatt Russell), Fantasma (Hannah John-Kamen), e Bob (Lewis Pullman) partem em uma jornada para descobrir qual a sua função em um mundo de heróis.

Com uma equipe tão diversa, o diretor Jake Schreier têm nas mãos um dos elencos mais bem entrosados dos últimos anos, o que torna os Thunderbolts* uma das equipes mais carismáticas e divertidas do Marvel Studios. Desbocados e completamente fora de si, cada um dos personagens faz de seus momentos de destaque algo interessante, e que não deixa de lado aquilo que mais se preza em filmes de equipe: mostrar seu lugar no mundo e como eles são indispensáveis, não importa a ocasião.

Heróis também possuem sentimentos

Um ponto importante do filme é a forma como os sentimentos de cada personagem é validado, e também tratado de forma sensível, em um filme de super-heróis. Se isso é uma prática impensável, e até recentemente levada como fraqueza, em Thunderbolts* é a emoção que os guia.

Yelena e Alexei, o Guardião Vermelho (David Harbour) mostram formas diferentes em lidar com o vazio de perder quem amavam, o que os torna mais humanos e aproxima do público que os assiste. Bob, por outro lado, sabe do vazio que o ocupa, mas ainda não entende e muito menos sabe lidar com o que há dentro de si. Ao longo do filme, acompanhamos uma jornada de entendimento de cada um desses sentimentos, e como é normal sentí-los. Além disso, com um vilão que transborda as nuances de transtornos mentais, e escancara algumas questões sobre a depressão, é de se admirar que a Marvel consiga usar temas que ainda são tabus para abrir a alma de seus heróis e torná-los humanos assim como quem os assiste.

Com uma roupagem descontraída, Thunderbolts* apresenta outros perigos que estão presentes no dia a dia – e muito mais relacionáveis –, para uma nova geração de espectadores e de velhos conhecidos que ansiavam pelo retorno da “velha Marvel”.

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