Amor, tempo e reverência: Luedji Luna canta Sade no Queremos!

A baiana se entregou por completo ao universo da diva britânica-nigeriana. Veja como foi. The post Amor, tempo e reverência: Luedji Luna canta Sade no Queremos! appeared first on NOIZE | Música do site à revista.

Apr 14, 2025 - 15:36
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Amor, tempo e reverência: Luedji Luna canta Sade no Queremos!

Luedji Luna levou seu espetáculo reverenciando Sade no palco do Queremos! Festival, que rolou entre os dias 10 e 13 de abril, no Rio de Janeiro. Além dela, o festival ainda contou com shows de Arnaldo Antunes, Liniker, Sophia Chablau e Felipe Vaqueiro, Amaro Freitas, entre outros artistas. A Noize esteve presente no show de Luedji e te conta como foi.

Reverência feminina

A terra não cobra preços. Com essa máxima, Yaya Bey dá o nome e mostra a que veio na abertura do show Luedji Luna canta Sade, no Vivo Rio. A artista nova-iorquina, conhecida por sua fusão de soul, R&B e poesia falada, subiu ao palco com ares de quem não tem pressa — mas sabe exatamente o que quer dizer. Em meio a uma temperatura amena e uma plateia ainda chegando, ela lançou versos sobre dor, autocuidado e resistência, entre batidas lentas e atmosferas íntimas. “Esse é meu altar, e eu estou feliz por dividir com vocês”, disse, antes de encerrar com um agradecimento sussurrado e olhos marejados.

Na sequência, Luedji Luna assumiu o microfone não como quem chega, mas como quem retorna a um lugar íntimo — o da emoção delicada, da sensualidade contida, da música como afeto. Era a estreia do espetáculo Luedji Luna canta Sade, e a baiana se entregou por completo ao universo da diva britânica-nigeriana.

Com o salão cheio e uma plateia atenta — muitos em silêncio reverente, outros cantando em coro suave — a noite começou com “Kiss of Life”, que Luedji transformou num sopro cálido de boas-vindas. Na sequência, “Cherish the Day” e “No Ordinary Love” confirmaram o que já se sabia: não era um show cover, era um encontro.

“Essa é uma homenagem que vem do coração”, disse Luedji, entre músicas, visivelmente emocionada. “Sade é uma das artistas que moldaram meu jeito de cantar, de sentir… e eu queria dividir isso com vocês.”

Entre as canções, a artista também falou sobre a necessidade de pausas, sobre o cansaço do mundo acelerado e a luta diária para cultivar afeto e presença. “Sejamos todos soldados e soldadas do amor esta noite”, propôs, em um momento que foi mais oração do que fala.

Ao longo da apresentação, Luedji trouxe releituras cuidadosas, com arranjos que respeitavam a essência das músicas, mas que também carregavam o tempero afro-brasileiro de sua trajetória — a percussão mais marcada, os metais sutilmente mais quentes, e a interpretação sempre cheia de nuances.

Além dos sucessos de Sade, a cantora costurou o repertório com algumas de suas próprias composições, como “Banho de Folhas” e “Enquanto Eu Durmo”, criando pontes entre o feminino íntimo que ambas as artistas cultivam em suas obras.

No encerramento, “By Your Side” veio como uma despedida suave. Luedji deixou o palco com um sorriso discreto, acenando para o público que se levantava em aplausos demorados.

Era uma noite sobre amor, tempo e reverência. E Luedji, como Sade, soube transformá-la em eternidade.

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