Novo MASP: Fernanda Montenegro e Fernanda Torres dão vida a Lina Bo Bardi em mostra de Isaac Julien
Para celebrar sua expansão e inaugurar oficialmente o novo edifício Pietro Maria Bardi, o MASP prepara para 2025 uma programação especial. No centro das atenções, uma videoinstalação inédita do artista britânico Isaac Julien, que reflete sobre o legado de Lina Bo Bardi (1914- 1992). “Um Maravilhoso Emaranhado” (“A Marvellous Entanglement”, título original) foi apresentado em […] O post Novo MASP: Fernanda Montenegro e Fernanda Torres dão vida a Lina Bo Bardi em mostra de Isaac Julien apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.

Para celebrar sua expansão e inaugurar oficialmente o novo edifício Pietro Maria Bardi, o MASP prepara para 2025 uma programação especial. No centro das atenções, uma videoinstalação inédita do artista britânico Isaac Julien, que reflete sobre o legado de Lina Bo Bardi (1914- 1992). “Um Maravilhoso Emaranhado” (“A Marvellous Entanglement”, título original) foi apresentado em Londres, em 2019. Com nove projeções simultâneas em telas grandes, os vídeos captam imagens de edifícios icônicos de Lina, realçando a dimensão poética e visionária do legado da arquiteta e designer modernista.
“Minha ligação com Lina Bo Bardi se desenvolveu em dois momentos importantes. A primeira foi em 1996, quando viajei para Salvador a convite do Goethe-Institut. Foi minha primeira vez no Brasil e, nessa viagem, encontrei a escadaria do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), que me marcou profundamente. Em 2012, tive outra oportunidade de me envolver com o trabalho de Bo Bardi em uma exposição individual no SESC Pompeia. O que mais me impressionou foi como o espaço priorizava as pessoas em detrimento da grandiosidade arquitetônica”, conta Isaac à BAZAAR.

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres dão vida aos escritos de Lina Bo Bardi na instalação de telas múltiplas “Um Maravilhoso Emaranhado”, de Isaac Julien, que percorrem a arte e a poesia dos edifícios mais emblemáticos da arquiteta modernista – Foto: Divulgação
E se Lina Bo Bardi interferiu diretamente na forma como o artista passou a enxergar essa coabitação, em que ideias e design andam de mãos dadas, as suas principais criações são um prato cheio para esse mergulho estético. O trabalho foi gravado em São Paulo (no MASP, no Sesc Pompeia e no Teatro Oficina) e em Salvador (no Museu de Arte Moderna, no Restaurante Coaty e no Teatro Gregório de Mattos), e protagonizado pelas atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. Mãe e filha interpretam os escritos de Lina Bo Bardi sobre o potencial social e cultural da arte, da arquitetura e do design em diferentes estágios de sua vida.

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres dão vida aos escritos de Lina Bo Bardi na instalação de telas múltiplas “Um Maravilhoso Emaranhado”, de Isaac Julien, que percorrem a arte e a poesia dos edifícios mais emblemáticos da arquiteta modernista – Foto: Divulgação
“O uso de instalações multitelas cria uma dinâmica espacial própria, formando uma experiência arquitetônica em si. Esse conceito encontra eco nos escritos de Bo Bardi, que ganham vida por meio de performances maravilhosas das duas Fernandas. Suas reconstituições desafiam a linha entre a homenagem e a expressão criativa”, acrescenta o Julien.
Toda essa imersão no fervilhante universo de Bo Bardi ganha ainda um desdobramento que promete explorar com ainda mais clareza as nuances dos artistas. A Nara Roesler São Paulo vai abrir em paralelo “Lina Bo Bardi – A Marvellous Entanglement – Photographs & Collages”, terceira individual de Isaac Julien na galeria. Será possível ver fotografias e colagens, grande parte delas inéditas, do filme original.

Fernanda Montenegro e Fernanda Torres dão vida aos escritos de Lina Bo Bardi na instalação de telas múltiplas “Um Maravilhoso Emaranhado”, de Isaac Julien, que percorrem a arte e a poesia dos edifícios mais emblemáticos da arquiteta modernista – Foto: Divulgação
Com toda pompa e circunstância de “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, com as “Fernandas” no elenco, as mostras inflam esse momento de redescobrimento de valores e da história nacional. Isaac relembra como foi trabalhar com as duas indicadas ao Oscar em seu projeto artístico. “Já era um grande fã de tudo o que elas faziam no cinema brasileiro. Em 2012, conversamos sobre o projeto Lina Bo Bardi e nos conhecemos melhor. Começamos a filmar em 2018, depois de uma pesquisa de três anos, e ainda me sinto muito grato por poder trabalhar com elas. Foi uma colaboração maravilhosa.” Uma honra de ambos os lados.
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