Você: Por que série da Netflix não terá 6ª temporada

Depois de anos nos fazendo questionar nossas escolhas de crushes fictícios, “Você” chegou ao fim na Netflix. A série, que conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo, encerrou sua trajetória na quinta temporada, deixando muitos se perguntando: por que a história de Joe Goldberg não vai ganhar uma continuação? 

Vamos revelar todos os motivos dessa decisão, e você vai entender por que, dessa vez, o adeus é definitivo. Que tal mergulhar nos bastidores, nos planos dos roteiristas e até nos sentimentos do próprio Penn Badgley sobre o fim desse personagem tão complexo? E já aviso: talvez você sinta um misto de alívio e saudade ao saber de tudo.

O plano sempre foi terminar na quinta temporada

Desde o anúncio da renovação da quinta temporada, os criadores de “Você” deixaram claro que esse seria o último capítulo da história de Joe Goldberg. Michael Foley e Justin W Lo, os showrunners da série, revelaram que sempre imaginaram que a trama teria cinco temporadas, nem mais, nem menos.

Segundo eles, era importante que a história de Joe fosse concluída de maneira impactante, voltando às origens em Nova York, onde tudo começou. 

“A ideia de trazer Joe de volta para casa, como uma pessoa completamente diferente da que vimos no início, era essencial”, disseram em entrevista. 

Essa decisão trouxe um ciclo fechado para o personagem, dando à história uma sensação de completude rara nas séries atuais. Afinal, poucas séries têm a chance de sair por cima, sem precisar se arrastar por temporadas desnecessárias somente para manter a audiência.

A história de Joe Goldberg precisava de um fim digno

Joe Goldberg é um personagem que, apesar do carisma, é indiscutivelmente sombrio. Seus crimes se acumulavam temporada após temporada, e tornava-se cada vez mais difícil justificar sua permanência impune. Encerrar a história com Joe sendo finalmente confrontado pelos seus atos era a única maneira coerente de terminar sua trajetória.

Na quinta temporada, ele enfrenta as consequências de seus atos antigos, em especial a morte de Guinevere Beck. A reviravolta envolvendo Bronte, que descobre quem Joe realmente é e busca justiça, marcou a queda definitiva do protagonista. Para a equipe criativa, era fundamental que o final fosse honesto com o público e com a história construída até aqui.

Terminar com Joe sendo exposto e punido trouxe um senso de justiça que os fãs esperavam há tempos. Manter a série além disso seria arriscar transformar uma história brilhante em algo repetitivo.

Penn Badgley sentiu que era hora de se despedir

Além das questões narrativas, o próprio Penn Badgley, que deu vida a Joe durante todos esses anos, apoiou a decisão de encerrar a série. Em entrevistas recentes, o ator revelou que se sente aliviado em “colocar Joe para dormir”.

Penn descreveu Joe como um “irmãozinho condenado”, com quem conviveu durante quase toda a sua década dos 30 anos. Interpretar um personagem tão problemático exigiu muito emocionalmente, e agora, o ator quer seguir novos caminhos em sua carreira. 

“Ele falhou miseravelmente, mas me obrigou a refletir sobre o que compartilhamos”, comentou Penn, num misto de gratidão e alívio.

A volta às origens deu à série um encerramento perfeito

A quinta temporada trouxe Joe de volta a Nova York, o cenário da primeira temporada, mas agora sob uma nova perspectiva. O retorno às raízes foi mais do que simbólico: ele representou o ciclo completo de uma jornada de autodestruição e falsas reinvenções.

Segundo Foley e Lo, esse foi um dos pontos mais importantes para dar a “Você” o desfecho que a série merecia. A ideia de que Joe mudou superficialmente, mas que seus impulsos mais sombrios permaneceram, é o que torna o final tão poderoso e melancólico.

Ao fim, o espectador se vê diante de um Joe isolado, sem mais máscaras, forçado a encarar a verdade sobre si mesmo. Um desfecho forte, que honra o que a série construiu desde o primeiro episódio.

As 5 temporadas de Você estão disponíveis na Netflix.

O post Você: Por que série da Netflix não terá 6ª temporada apareceu primeiro em Observatório do Cinema.