Cozinha com bancada ilha ou península? Veja dicas para escolher
Embora parecidas visualmente, diferença estrutural das bancada impacta diretamente na proposta final do projeto de toda cozinha

Na hora de planejar a cozinha perfeita, uma das principais dúvidas que surgem é: vale mais a pena investir em uma ilha central ou em uma península? Ambas as estruturas estão em alta no design de interiores, oferecem praticidade, estilo e funcionalidade — mas têm propostas diferentes que se adequam melhor a certos espaços e estilos de vida.
Se você está em dúvida entre as duas, te ajudamos a entender as diferenças e escolher a melhor opção para a sua casa. Confira as dicas dos profissionais:
Cozinha com bancada de ilha x península: qual escolher?
A diferença entre uma cozinha com ilha e uma cozinha com península está principalmente na forma como a bancada está posicionada em relação ao restante da cozinha.
Alexandre Pasquotto, à frente da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura, explica que a ilha de cozinha corresponde a uma bancada completamente solta no espaço, enquanto a península é apoiada em uma parede. “Essa diferença estrutural impacta diretamente na proposta final do projeto”, pontua.
A ilha é uma bancada totalmente separada das demais bancadas ou paredes da cozinha, ela fica no centro do ambiente, com circulação livre ao redor. Pode servir para preparo de alimentos, pia, cooktop, refeições rápidas, ou até ser um espaço social. Uma característica é que esse modelo requer um espaço maior, porque precisa de área livre em volta para circulação.
Já a cozinha com península é ligada de um lado a uma parede ou bancada, ou seja, ela se parece com uma “meia-ilha”, já que um dos lados está conectado a outro móvel. É ideal para cozinhas um pouco menores ou em formato de “L” ou “U”, e também pode ser usada para preparar comida, refeições rápidas ou até como divisória entre cozinha e sala.
“Enquanto as ilhas oferecem um ponto central para preparo de alimentos, armazenamento e refeições, as penínsulas surgem como alternativas versáteis para espaços menores, mantendo a integração visual com outros ambientes. Juntos, elas refletem o cenário de um mundo que valoriza a eficiência sem abrir mão do conforto e do design”, explicam Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto, sócios à frente da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
Para saber o modelo certo para sua casa, o ideal é levar em consideração a base no layout da cozinha, priorizando a ergonomia e a circulação. Sendo assim, a dupla de arquitetos ressalta que o estudo do projeto é fundamental para garantir que a opção escolhida atenda às necessidades do morador sem comprometer a fluidez do espaço.
Cozinha com ilha

A cozinha com ilha é um verdadeiro sonho de consumo para quem adora um espaço amplo, integrado e cheio de personalidade. A ilha é uma bancada totalmente separada das demais superfícies da cozinha, geralmente posicionada no centro do ambiente, com circulação livre em todos os lados.
Segundo a arquiteta, a ilha é ideal para cozinhas amplas onde é possível centralizar funções como preparo de alimentos, armazenamento e até refeições.
Vantagens da ilha:
- Visual moderno e sofisticado, muito usada em cozinhas integradas com a sala.
- Permite interação com convidados enquanto se cozinha.
- Pode abrigar pia, cooktop, bancada de preparo ou até mesmo servir como mesa para refeições rápidas.
- Ajuda a organizar o espaço em cozinhas grandes.
Quando optar por uma ilha:
- Se você tem uma cozinha espaçosa, com pelo menos 90 cm de circulação ao redor da ilha.
- Se busca um layout mais aberto e social.
- Se deseja dividir ambientes integrados de forma elegante.
Além disso, Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto avaliam que as ilhas oferecem mais liberdade de design, com potencial de se tornarem o ponto focal da cozinha.
O modelo permite ainda a inclusão de diversos equipamentos, além de servir como espaço para refeições informais quando combinadas com banquetas ou cadeiras. “Por isso, são indicadas para cozinhas grandes ou integradas com salas de jantar e living”, dão a dica.
Cozinha com bancada península

A península é uma alternativa bastante funcional e inteligente, especialmente para ambientes compactos ou com planta em “L” ou “U”. Ela lembra uma ilha, mas com uma diferença importante: está conectada de um lado à parede ou a outra bancada, formando uma espécie de extensão.
Enquanto a ilha é ideal para cozinhas amplas, por outro lado, a península é recomendada para espaços menores, pois aproveita a parede para ganhar estabilidade e otimizar o uso do ambiente. “Nesse caso ela [a parede] responde como uma extensão da bancada ou uma área de transição entre a cozinha e os demais cômodos”, detalha Mariana.
Vantagens da península:
- Melhor aproveitamento de espaço, ideal para cozinhas médias ou pequenas.
- Também pode funcionar como divisória entre ambientes, especialmente em cozinhas americanas.
- Mais fácil de instalar, especialmente se a infraestrutura hidráulica ou elétrica já estiver próxima.
- Oferece as mesmas funções de uma ilha: apoio para preparo, refeições ou eletrodomésticos.
Quando optar por uma península:
- Se sua cozinha tem dimensões mais compactas.
- Se você precisa de um layout mais linear ou eficiente.
- Se busca uma solução prática sem abrir mão de estilo e funcionalidade.
- As penínsulas são recomendadas para plantas compactas onde a praticidade e a otimização do espaço são prioridades.
Triângulo de trabalho
Para acertar na escolha, os arquitetos chamam a atenção para erros recorrentes no planejamento de cozinhas, e um dos mais comuns está relacionado à circulação do ambiente.
Para evitar desconfortos e garantir eficiência no dia a dia, os profissionais Mariana e Alexandre adotam o conceito do “triângulo de trabalho” — uma estratégia de disposição que posiciona geladeira, pia e fogão em pontos que formam um triângulo imaginário. Isso facilita o deslocamento entre as principais áreas de uso, otimizando o fluxo e tornando as tarefas mais práticas.
Outro aspecto essencial é o dimensionamento da ilha ou península. Embora não existam medidas mínimas ou máximas universais, é indispensável garantir um espaço adequado ao redor dessas estruturas para preservar o conforto e a funcionalidade. Um bom projeto deve considerar a ergonomia e a circulação livre para que a cozinha seja, de fato, um ambiente agradável e eficiente.
“Uma bancada muito pequena pode limitar as atividades, enquanto uma muito grande pode comprometer a circulação e a ergonomia do ambiente”, ressalta o arquiteto Alexandre.
Qual material escolher para a bancada?
A escolha dos materiais é outro ponto que merece atenção especial no projeto da cozinha. No caso dos tampos, é fundamental considerar não apenas a estética, mas também características funcionais como durabilidade, resistência ao calor e à umidade, e facilidade de limpeza.
Um bom revestimento deve aliar beleza e praticidade, garantindo que o dia a dia na cozinha seja eficiente e sem surpresas. “Tampos de mármore e granito são clássicos e oferecem um visual sofisticado, mas podem ser suscetíveis às manchas e batidas. Já as superfícies ultracompactas, como quartzos e porcelanatos, se evidenciam pela resistência e versatilidade”, destaca Mariana.
Além dos clássicos, a arquiteta também sugere outros materiais:
- Quartzito: combina a estética do mármore com a resistência do granito, sendo uma opção durável e de baixa manutenção.
- Dekton: ultra resistente a riscos, manchas e altas temperaturas, ideal para cozinhas de alto desempenho.
- Corian: superfície sólida e moldável, permite bancadas sem emendas aparentes, mas são sensíveis a calor e riscos.
- Madeira maciça: charmosa e aconchegante, mas requer impermeabilização e manutenção constante.
- Aço inox: Muito usado em cozinhas profissionais, é resistente, higiênico e fácil de limpar.
Antes de tomar sua decisão final, é fundamental conversar com um arquiteto ou designer de interiores. Um bom projeto personalizado garante que a escolha da bancada — seja ilha ou península — esteja em harmonia com a planta da sua casa, seus hábitos e necessidades diárias.
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