Ilha de cozinhas ou península? Veja vantagens, desvantagens e materiais

Arquitetos à frente da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura explicam as diferenças e como acertar no modelo de acordo com as demandas do projeto.

Feb 18, 2025 - 20:21
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Ilha de cozinhas ou península? Veja vantagens, desvantagens e materiais

Nos últimos anos, ilhas e penínsulas passaram a ser vistas como soluções inteligentes na arquitetura de interiores diante do objetivo de otimizar os espaços, melhorar a circulação e criar áreas multifuncionais. Suas presenças foram impulsionadas pela valorização de plantas abertas e a integração de ambientes, tendências que ganharam força nos projetos contemporâneos.

Ilha de cozinhas ou península? Veja vantagens, desvantagens e materiais. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.Divulgação/Divulgação

A cozinha, outrora um espaço fechado e exclusivamente funcional, transformou-se no coração da casa moderna. “Enquanto as ilhas oferecem um ponto central para preparo de alimentos, armazenamento e refeições, as penínsulas surgem como alternativas versáteis para espaços menores, mantendo a integração visual com outros ambientes. Juntos, elas refletem o cenário de um mundo que valoriza a eficiência sem abrir mão do conforto e do design”, dizem Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto, sócios à frente da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.

Quais são as diferenças entre ilhas e penínsulas de cozinha

Cama embutida na parede faz sala de estar ser quarto neste apê de 89 m². Projeto de DGL Arquitetura. Na foto, cozinha com marcenaria cinza.
Projeto de DGL Arquitetura.Adriano Pacelli/Divulgação

A principal diferença entre os elementos está na disposição no ambiente. Alexandre Pasquotto explica que a ilha de cozinha corresponde a uma bancada completamente solta no espaço, enquanto a península é apoiada em uma parede. “Essa diferença estrutural impacta diretamente na proposta final do projeto”, pontua.

Apê tem paleta com 30 cores alegres e aparador com floreira. Projeto de Studio 92 Arquitetura. Na foto, cozinha azul e laranja com azulejos.
Projeto de Studio 92 Arquitetura.Mariana Orsi/Divulgação
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Segundo Mariana, a ilha é ideal para cozinhas amplas onde é possível centralizar funções como preparo de alimentos, armazenamento e até refeições. Por outro lado, a península é recomendada para espaços menores, pois aproveita a parede para ganhar estabilidade e otimizar o uso do ambiente. “Nesse caso ela (a parede) responde como uma extensão da bancada ou uma área de transição entre a cozinha e os demais cômodos”, detalha.

Terraço de apartamento tem paisagismo com jardim vertical. Projeto de Simara Mello.
Projeto de Simara Mello.Fábio Jr Severo/Divulgação

A definição é feita com base no layout da cozinha, priorizando a ergonomia e a circulação. A dupla de arquitetos ressalta que o estudo do projeto é fundamental para garantir que a opção escolhida atenda às necessidades do morador sem comprometer a fluidez do espaço.

Como criar uma circulação eficiente

Dicas para organizar os armários da sua cozinha. Na foto, cozinha com ilha central
Projeto de Cristiane Schiavoni.Carlos Piratininga/Divulgação
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Os arquitetos alertam sobre alguns erros comuns no planejamento das cozinhas. Para evitar desconfortos, Mariana e Alexandre adotam o chamado ‘triângulo de trabalho’, que consiste na disposição estratégica da geladeira, pia e fogão, garantindo que o fluxo de atividades na cozinha seja fluido e eficiente.

Outro ponto importante é o dimensionamento e, embora não haja medidas mínimas ou máximas definidas, é preciso garantir que a ilha ou península tenha espaço suficiente para o conforto e praticidade. “Uma bancada muito pequena pode limitar as atividades, enquanto uma muito grande pode comprometer a circulação e a ergonomia do ambiente”, ressalta o arquiteto Alexandre.

Melhores materiais para ilhas e penínsulas de cozinha

Ilha de cozinhas ou península? Veja vantagens, desvantagens e materiais. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.Divulgação/Divulgação

A escolha dos materiais também exige atenção e os tampos devem ser escolhidos com base na durabilidade, resistência ao calor, umidade e facilidade de limpeza, além da estética.

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“Tampos de mármore e granito são clássicos e oferecem um visual sofisticado, mas podem ser suscetíveis às manchas e batidas. Já as superfícies ultracompactas, como quartzos e porcelanatos, se evidenciam pela resistência e versatilidade”, destaca Mariana.

Ilha de cozinhas ou península? Veja vantagens, desvantagens e materiais. Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.
Projeto de Meneghisso & Pasquotto Arquitetura.Divulgação/Divulgação

Ademais desses clássicos, a arquiteta também sugere outros materiais:

  • Quartzito: combina a estética do mármore com a resistência do granito, sendo uma opção durável e de baixa manutenção.
  • Dekton: ultra resistente a riscos, manchas e altas temperaturas, ideal para cozinhas de alto desempenho.
  • Corian: superfície sólida e moldável, permite bancadas sem emendas aparentes, mas são sensíveis a calor e riscos.
  • Madeira Maciça: charmosa e aconchegante, mas requer impermeabilização e manutenção constante.
  • Aço Inox: Muito usado em cozinhas profissionais, é resistente, higiênico e fácil de limpar.
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