Mistura de estilos é tendência de decoração para 2025

Seguindo as previsões de Pinterest Predicts, as arquitetas dão dicas para acertar nas escolhas

Mar 14, 2025 - 20:14
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Mistura de estilos é tendência de decoração para 2025

As tendências da decoração vão muito além da escolha de móveis e cores. Em 2025, o destaque é a combinação de estilos, criando ambientes que refletem personalidade e equilibram estética, funcionalidade e inovação.

Segundo a pesquisa anual Pinterest Predicts, a decoração seguirá rumo ao maximalismo, abrindo espaço para a mistura de estilos, estampas, cores e texturas. Elementos vintage, modernos, boho e chiques coexistirão, criando ambientes aconchegantes e repletos de identidade.

Memórias e histórias de viagem permeiam apê de 170 m². Projeto de Camila Niskier e Noa Arquitetos. Na foto, sala, mesa de jantar, luminária, gallery wall.
Projeto de Camila Niskier e Noa Arquitetos.André Nazareth/Divulgação

Isso significa que uma tendência não exige regras rígidas, mas sim criatividade. Poltronas rústicas em tons terrosos podem dividir espaço com tapetes animal print e papéis de parede vibrantes. Em 2025, o excesso e o maximalismo eclético serão protagonistas na decoração.

Como misturar estilos na decoração?

Linda casa de campo tem estrutura de eucalipto e décor rústico chic. Projeto de Solange Calio. Na foto, quarto, estilo boho, lenço na parede.
Projeto de Solange Calio.Denilson Machado, do MCA Estúdio/Divulgação

A tendência prevista pelo Pinterest Predicts incentiva a fusão de estilos, como o vintage com o moderno, o boho com o chique e o clássico com o rococó. Uma mistura que confere cores e texturas que traduzem o maximalismo.

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Embora pareça desafiador, a arquiteta Fernanda Garcia explica que combinar estilos pode ser mais simples do que se imagina. O segredo está em encontrar pontos em comum entre eles.

Pontos de diálogo

Apê de 192 m² mescla estilos industrial e brutalista com pitadas de cor. Projeto de Zimbro Arquitetura. Na foto, sala de jantar com parede de concreto e aparador rosa.
Projeto de Zimbro Arquitetura.Fotos: Estúdio São Paulo / Produção: Studio Jefferson Stünner/Divulgação

Para quem gosta do estilo industrial e romântico, por exemplo, as conexões podem estar nas cores e texturas. Em uma cozinha, armários de metal escuro com acabamento rústico podem ser combinados com bancadas de mármore e azulejos florais. Quadros, objetos decorativos e vasos de flores também ajudam a equilibrar os estilos.

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Cores

Linda casa de campo tem estrutura de eucalipto e décor rústico chic. Projeto de Solange Calio. Na foto, sala, sofá estampado.
Projeto de Solange Calio.Denilson Machado, do MCA Estúdio/Divulgação

Outra dica da arquiteta é usar as cores como fio condutor. Se um quarto tem paredes verdes, os demais elementos podem seguir essa paleta, mesmo que tragam estilos diferentes. Em um quarto infantil, por exemplo, um berço pequeno na mesma tonalidade pode harmonizar a composição. Já em um ambiente adulto, uma cabeceira verde musgo no estilo rococó pode ser complementada com almofadas geométricas e abajures modernos.

Temas e padrões

Linda casa de campo tem estrutura de eucalipto e décor rústico chic. Projeto de Solange Calio. Na foto, sala, tapete colorido, estilo boho.
Projeto de Solange Calio.Denilson Machado, do MCA Estúdio/Divulgação

O mesmo princípio vale para temáticas. Se a ideia é criar um banheiro com a energia da floresta, estilos distintos podem reforçar essa proposta. Papéis de parede com folhagens, roupas de banho com detalhes em animal print e puxadores que imitam elementos naturais criam um visual coeso e sofisticado.

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Outra abordagem interessante é explorar variações de uma mesma estampa ou elemento. Uma sala inspirada nos anos 1970 pode contar com tapetes e cortinas de padronagem espiral, luminárias que remetem a globos espelhados e um sofá retrátil, resgatando a essência da década.

Atenção aos exageros

A arquiteta Priscila Tressino alerta que, ao combinar estilos, é fácil ultrapassar o limite e criar um ambiente visualmente pesado. Para evitar esse erro, é essencial saber equilibrar os elementos e reconhecer o momento de parar.

Ela recomenda evitar a junção de estéticas sem características em comum, pois isso pode gerar um espaço desarmonioso, onde os elementos parecem competir entre si, causando desconforto visual.

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