Fomos traídos, mais uma vez, pelo vestido rosa bebê?

Apesar de toda a comoção mundial, especialmente no Brasil, e da notável atuação de Fernanda Torres em “Ainda Estou Aqui”, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas — a mesma que, em mais de 90 anos de premiação, concedeu o Oscar de “Melhor Atriz” a apenas uma mulher negra — escolheu premiar Mikey Madison, uma […] O post Fomos traídos, mais uma vez, pelo vestido rosa bebê? apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.

Mar 3, 2025 - 21:20
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Fomos traídos, mais uma vez, pelo vestido rosa bebê?

Gwyneth Poltrow e Mikey Madison – Fotos: Getty Images

Apesar de toda a comoção mundial, especialmente no Brasil, e da notável atuação de Fernanda Torres em “Ainda Estou Aqui”, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas — a mesma que, em mais de 90 anos de premiação, concedeu o Oscar de “Melhor Atriz” a apenas uma mulher negra — escolheu premiar Mikey Madison, uma jovem de 25 anos. Talvez você não tenha ouvido falar dela, mas a verdade é que a norte-americana, considerada uma revelação de Hollywood, começou a atuar aos 14 anos em curtas e programas de televisão. Antes de “Anora”, esteve em “Era uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino, e “Pânico 5” (uma vergonha para o currículo? Talvez!). Seus papéis, até então menores e de pouca visibilidade, chamaram a atenção do diretor Sean Baker, que escreveu a personagem Ani especialmente para ela.

Mas foi uma surpresa? Talvez tenha sido para grande parte do público que não acompanha de perto a “dinâmica” da Academia e, assim como eu, manteve os olhos voltados para Fernanda Torres e Demi Moore — que, a meu ver, foi a grande injustiçada da noite.

Mikey Madison e Fernanda Torres – Foto: Getty Images

Sobre o Oscar, confesso que achei a estatueta prematura para Mikey Madison, mas sejamos justos: a vencedora foi a mais premiada da temporada, conquistando o BAFTA e o Spirit Awards por sua atuação. O filme, aliás, soma 75 prêmios e 193 indicações, entre elas a “Palma de Ouro” no Festival de Cannes.

No fim das contas, é sempre bom lembrar: o Oscar é uma premiação americana que, após anos de resistência e com certa relutância da crítica, passou a reconhecer talentos de outros países. Uma premiação feita por homens, para premiar… homens, sem análises complexas. Talvez a escolha dos prêmios seja tão profunda quanto um pires. Mas Fernanda Torres, assim como Fernanda Montenegro, nem de longe precisa disso e levou muito mais do que a estatueta dourada. Seguimos sonhando — porque somos brasileiros, e desistir nunca foi uma opção.

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