Da pintura à iluminação: como mudar a decoração sem gastar muito
Com criatividade, planejamento e escolhas certeiras, dá para transformar a casa sem grandes investimentos. Escritórios de arquitetura mostram caminhos possíveis

Trocar a cara da casa com pouco dinheiro é possível — e pode ser até prazeroso. Fazer pequenas mudanças nos ambientes, pintar uma parede, reorganizar móveis ou incluir objetos afetivos são estratégias acessíveis que causam grande impacto visual e emocional.
Conversamos com três escritórios de arquitetura, BHF Estúdio, Samba Porter Arquitetura e Zimbro Arquitetura, para entender quais são os passos mais eficientes para renovar a decoração de forma prática, bonita e econômica.

“Como qualquer projeto, deve-se começar com um projeto. Pode ser uma lista ou imagens de referência. Ter um norte de onde se quer chegar ajuda muito no resultado final”, explicam os arquitetos Ricardo Horiuchi e Marcos Nogueira, do Zimbro Arquitetura.
“[Depois, é preciso] estipular esse orçamento e segui-lo à risca. Pesquisar preços e montar uma planilha com os itens a serem adquiridos é fundamental, pesquise também a mão de obra. Mas lembre-se que o barato pode sair caro, então uma indicação é sempre bem-vinda”, complementa Bernardo Fonseca, do BHF Estúdio.
Márcia Jabur, do Samba Porter, reforça que o segredo é observar. “Prestar atenção no que mais te incomoda no ambiente é uma boa dica. Assim, você foca em alterações que realmente vão fazer diferença no espaço.”
Onde investir primeiro?
Os arquitetos são unânimes: sala e quarto são os ambientes mais fáceis de transformar sem gastar muito. Como geralmente não exigem grandes obras ou troca de revestimentos, permitem mudanças com pintura, iluminação e objetos decorativos.
“Ambientes com base neutra oferecem mais possibilidades”, diz Márcia. “Em um projeto nosso, por exemplo, investimos em objetos com personalidade, como um banco/baú étnico, almofadas em tons terrosos e até um frigobar vermelho.”
“Mesmo cozinhas e banheiros podem passar por transformações de baixo custo, dependendo do caso”, comentam os profissionais do Zimbro. “Por exemplo, o lavabo [de um projeto nosso] ganhou charme com um bordado feito pela cliente.”
Os erros mais comuns
Um erro clássico apontado pelos arquitetos é a falta de planejamento e a adoção de soluções que não se sustentam no longo prazo. “É comum recorrer a alternativas muito paliativas, que acabam ficando com aspecto improvisado e duram pouco”, alertam Ricardo e Marcos.
Outro equívoco é sair comprando objetos sem considerar o conjunto. “Os objetos precisam ter algo em comum: estilo, cor… É preciso enxergar o espaço como um todo”, reforça Márcia. Bernardo complementa: “o acúmulo de peças sem destino é o grande empecilho para a harmonização de espaços com potencial.”
O que vale a pena incluir
Entre os elementos acessíveis que realmente fazem diferença, pintura é destaque absoluto. “É a solução mais simples e eficaz para transformar um ambiente sem gastar muito”, garantem os arquitetos do Zimbro.
Além disso, plantas, tapetes, almofadas, abajures e objetos com valor afetivo ajudam a imprimir personalidade sem grandes custos. “Vale incluir peças que você já tenha, como lembranças de viagem ou objetos de família”, sugerem Ricardo e Marcos.
Dicas práticas para começar agora
Ricardo Horiuchi e Marcos Nogueira, do Zimbro Arquitetura:
- Invista na pintura.
- Troque a iluminação.
- Faça uma boa produção, mesmo com objetos simples.
Márcia Jabur, da Samba Porter Arquitetura:
- Comece pelo que mais te incomoda.
- Aproveite liquidações e outlets.
- Escolha itens com personalidade e pontos de cor.
Bernardo Fonseca, do BHF Estúdio:
- Pinte uma parede com uma cor que você ama para não enjoar.
- Reposicione quadros e objetos que já tem.
- Troque roupas de cama e banho — elas também decoram!
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