Muito além de “Ainda Estou Aqui”: as produções brasileiras que já estiveram no Oscar

Cartaz do filme “Brazil”, de 1945 – Foto: Divulgação

O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, conquistou o público e a crítica, recebendo três indicações ao Oscar. Embora o Brasil torça por essas vitórias, não é a primeira vez que uma produção nacional ou com artistas brasileiros são reconhecidos na premiação. Nossa trajetória inclui momentos marcantes e algumas injustiças, como “Orfeu Negro”. Apesar de ser filmado no Brasil, com elenco e produtores brasileiros, o filme foi dirigido por um cineasta francês e venceu o Oscar de Melhor Filme Internacional representando a França.

A seguir, apresentamos todas as ocasiões em que o Brasil esteve representado no Oscar:

– A primeira indicação aconteceu em 1945, pelo filme “Brazil”, ironicamente produzido pelos Estados Unidos. A música “Rio de Janeiro”, composta por Ary Barroso, foi indicada por Melhor Canção Original.

– Em 1960, o drama ítalo-franco-brasileiro “Orfeu Negro” ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional. O filme do cineasta francês Marcel Camus foi baseado na obra “Orfeu da Conceição”, escrita por Vinícius de Moraes, feito com produção e atores brasileiros, mas o Oscar ficou com a França.

– Em 1963, “O Pagador de Promessas” foi a primeira produção 100% brasileira a ser indicada ao Oscar, concorrendo na categoria de “Melhor Filme Internacional”.

– “Raoni”, que retrata a vida de Raoni Metuktire, um cacique Kaiapó que luta pela preservação do Parque Nacional do Xingu, foi indicado ao Oscar de “Melhor Documentário” em 1978.

– Em 1986, “O Beijo da Mulher-Aranha”, do cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco, que contou com a participação de Sônia Braga, concorreu a quatro categorias: “Melhor Filme”, “Melhor Diretor”, “Melhor Roteiro Adaptado” e “Melhor Ator”. 

– “O Quatrilho”, baseado no livro homônimo de 1985 de José Clemente Pozenato e dirigido por Fábio Barreto, foi indicado ao Oscar de 1996 na categoria de “Melhor Filme Internacional”.

– “O Que É Isso, Companheiro?” também  foi indicado ao Oscar de 1998 na categoria de “Melhor Filme Internacional”. O longa, com direção de Bruno Barreto, concorreu à estatueta em 1998.

Cartaz do filme “Central do Brasil” – Foto: Divulgação

– Em 1999, “Central do Brasil” e Fernanda Montenegro foram indicados ao Oscar. A atriz foi nomeada na categoria de “Melhor Atriz”, tornando-se a primeira brasileira a concorrer ao prêmio. O longa disputou na categoria de “Melhor Filme Internacional”.

– “Uma História de Futebol” concorreu ao Oscar em 2001 na categoria de “Melhor Curta-Metragem em Live Action”.

– “Cidade de Deus” foi indicado em quatro categorias no Oscar de 2004: “Melhor Diretor” para Fernando Meirelles, “Melhor Edição”, “Melhor Fotografia” e “Melhor Roteiro Adaptado”.

– “Diários de Motocicleta”, coprodução entre o Brasil e outros sete países, concorreu às categorias de “Melhor Roteiro Adaptado” e “Melhor Canção Original” no Oscar de 2005, vencendo esta última.

– “Lixo Extraordinário”, coprodução entre Reino Unido e Brasil, concorreu ao prêmio de “Melhor Documentário em Longa-Metragem” no Oscar de 2011.

– “O Menino e o Mundo”, animação brasileira do diretor Alê Abreu, concorreu em 2016 na categoria de “Melhor Animação em Longa-Metragem”.

– “O Sal da Terra”, filme sobre o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, concorreu à categoria de “Melhor Documentário em Longa-Metragem” no Oscar de 2015.

– “Democracia em Vertigem”, da cineasta Petra Costa, concorreu à categoria de “Melhor Documentário em Longa-Metragem” no Oscar de 2020.

– E o tão falado “Ainda Estou Aqui”, que em 2025 está indicado nas categorias de “Melhor filme”, “Melhor filme Internacional” e “Melhor Atriz”, com Fernanda Torres.

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