Miriam Leitão, eleita para a Academia Brasileira de Letras, é a 12ª mulher da história na ABL
Jornalista e escritora, ela se consagrou em todos os ramos da comunicação: nos veículos impressos, na rádio e na TV. Autora de 16 livros, inclusive para crianças, Míriam Leitão, de 72 anos, é a mais nova imortal da Academia Brasileira de Letras. É a 12ª mulher na ABL e vai ocupar a cadeira de número […]


Jornalista e escritora, ela se consagrou em todos os ramos da comunicação: nos veículos impressos, na rádio e na TV. Autora de 16 livros, inclusive para crianças, Míriam Leitão, de 72 anos, é a mais nova imortal da Academia Brasileira de Letras. É a 12ª mulher na ABL e vai ocupar a cadeira de número 7, antes ocupada pelo cineasta Cacá Diegues, que morreu em fevereiro.
Míriam Leitão obteve 20 dos 34 votos, vencendo outros 15 candidatos, como Cristovam Buarque, Tom Farias, Ruy da Penha Lôbo, Antônio Hélio da Silva, Rodrigo Cabrera Gonzales, Daniel Henrique Pereira, Angelos D’Arachosia, José Gildo Pereira Borges e Tamara Ribeiro de Oliveira, entre outros.
“Essa cadeira 7 é premiada, é cheia de gente importante. Eu chego humilde. Hoje amanheci cantando: ‘Eu vim de lá, eu vim de lá pequenininho”, afirmou a imortal em entrevista à Globonews, citando o samba “Eu vim de lá”, de Dona Ivone Lara.
Longa trajetória dedicada às letras
Com mais de 50 anos de profissão, Míriam Leitão trabalhou na Gazeta Mercantil, no Jornal do Brasil e, desde 1991, está no Grupo Globo, atuando como colunista, comentarista e apresentadora.
Além de uma vasta carreira como jornalista, a imortal é autora de 16 livros publicados de diversos gêneros literários: não ficção, crônica, romance e livros infantis.
Como escritora, é autora de livros de não ficção, mas também romance, crônicas e destinado às crianças. Em 2024, venceu o Prêmio Intelectual do Ano – Troféu Juca Pato com o livro de não-ficção “Amazônia na encruzilhada: o poder da destruição e o tempo das possibilidades”.
E sobreviveu para contar a história terrível que viveu em 1972, quando estava grávida e foi presa e torturada física e psicologicamente pela ditadura militar brasileira. O motivo da prisão? Era militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
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Muitas celebrações e muitos aplausos
O escritor Ruy Castro destacou a relevância da produção literária e jornalística de Míriam Leitão.
“Míriam Leitão é uma praticamente de letras, profissional da palavra e na sua condição de colunista de jornal importante, ela é uma militante da palavra em ação.”
O presidente da ABL, Merval Pereira, disse que nova imortal é atuante em diversos campos. Para Rosiska Darcy, comemorou a vitória da jornalista. “Essa eleição é sobretudo de uma mulher democrata, num pleito democrático.” Míriam Leitão escreveu 16 livros, inclusive obras para crianças. Foto: miriamleitao7