Será que o Spotify matou o álbum? — entenda-se: o álbum como peça fundamental e duradoura, artística e comercial, da vida da música e dos músicos; não a aceleração de produção e consumo de singles que, melhores ou piores, existem como "diversões" breves e efémeras, para usar e deitar fora...
Quem o pergunta é
Rick Beato, numa magnífica análise em que se cruzam as questões criativas com os modos de consumo das canções, desembocando no futuro, aliás, nos futuros (
pensemos plural) que o presente pode conter ou, de algum modo, começar a edificar.
Escutemos a sua exposição e, por fim, lembremos, com o devido espanto, uma das referências citadas por Beato: o álbum
Revolver (1966), dos Beatles, e essa obra-prima dentro de uma obra-prima que é a canção
Tomorrow Never Knows.