“Ela é a assassina sorridente”, diz Toni Collette sobre sua personagem em “Mickey 17”

Atenção, cinéfilos! O diretor Bong Joon Ho, vencedor do Oscar por “Parasita” finalmente apresenta seu novo filme: “Mickey 17”, que estreia no Brasil nesta quinta-feira (6). A história segue Mickey Barnes (Robert Pattinson), um homem “descartável”, membro da tripulação de uma missão espacial cuja função é morrer e ser recriado sempre que necessário. Enquanto isso, Kenneth […] O post “Ela é a assassina sorridente”, diz Toni Collette sobre sua personagem em “Mickey 17” apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.

Mar 6, 2025 - 14:11
 0
“Ela é a assassina sorridente”, diz Toni Collette sobre sua personagem em “Mickey 17”

Toni Collette em “Mickey 17” – Foto: Reprodução

Atenção, cinéfilos! O diretor Bong Joon Ho, vencedor do Oscar por “Parasita” finalmente apresenta seu novo filme: “Mickey 17”, que estreia no Brasil nesta quinta-feira (6). A história segue Mickey Barnes (Robert Pattinson), um homem “descartável”, membro da tripulação de uma missão espacial cuja função é morrer e ser recriado sempre que necessário. Enquanto isso, Kenneth Marshall, um ex-congressista egocêntrico interpretado por Mark Ruffalo, e sua esposa maquiavélica, vivida por Toni Collette, estão a bordo da missão com seus próprios interesses. O longa, com uma atmosfera que flerta com os questionamentos sobre as relações de trabalho da série “Ruptura”, critica a nova corrida espacial, aborda o populismo de direita, com diversas referências, que vão desde o boné vermelho de Donald Trump, e levanta questionamentos sobre o capitalismo.

Baseado no livro “Mickey 7”, de Edward Ashton, o filme também conta com Naomi Ackie e Steven Yeun no elenco. Como se não bastasse, Brad Pitt é um dos produtores executivos. Precisa de mais motivos para assistir? Entre um elenco tão poderoso, ainda sim, a atriz australiana consegue roubar a cena. Não era de menos, Toni tem no currículo filmes como “Um Grande Garoto” (2002), “O Sexto Sentido” (1999), “Pequena Miss Sunshine” (2006) e “Hereditário” (2018). Em conversa exclusiva, ela comenta sobre o convite para interpretar Ylfa, trabalhar com o cineasta e roteirista sul-coreano, além da parceria com Ruffalo. Ao papo!

Você pode nos contar um pouco sobre Ylfa—descrevê-la para nós e onde a encontramos neste filme?

Toni Collette: Ylfa é casada com o comandante da nave que está indo para o espaço profundo com o objetivo de colonizar um planeta, Niflheim. Ela é doce, extremamente refinada, manipuladora, obsessiva, sedutora, conservadora e completamente apaixonada por seu igualmente narcisista marido, Kenneth.

Quando você leu o roteiro pela primeira vez, quais foram suas reações? E o que, em particular, fez com que você quisesse interpretar Ylfa?

TC: É incrivelmente empolgante ler algo original. Isso raramente acontece. Reservei um tempo para realmente absorver a história. Foi uma jornada intensa, e eu devorei o roteiro. Acho que simplesmente sabia que poderia me divertir muito com Ylfa. Acho ela hilária.

Como foi seu primeiro encontro com o diretor Bong—você tinha alguma expectativa?

TC: Tivemos uma chamada no Zoom antes mesmo de eu ler qualquer coisa. Eu estava muito nervosa, porque sou uma grande fã dele. Mas ele foi tão doce e tranquilo. Foi direto ao ponto, disse que já fazíamos isso há tempo demais para rodeios e me convidou para o filme. Fiquei impressionada. Foi um sonho realizado. Depois de ler o roteiro, nos encontramos para almoçar e conversamos sobre minha personagem e o relacionamento dela com o marido. O roteiro era tão intenso que fiquei aliviada por ter esse tempo para entender o tom do filme, etc. E o tom é tudo. Não há nada com o que compará-lo. Assim como o próprio diretor Bong.

Robert Pattinson em “Mickey 17” – Foto: Reprodução

Como é trabalhar com o diretor Bong? Que tipo de ambiente criativo ele cria no set?

TC: O ambiente é seguro e exploratório. Bong é extremamente claro sobre o que quer, mas também incentiva a liberdade e a criatividade. A atmosfera é focada, mas divertida. Na maioria das vezes, filmávamos os storyboards em vez de cenas completas. No começo, foi estranho, mas acabei preferindo esse método. Você pode se concentrar realmente e aperfeiçoar cada momento.

Nessa expedição, todos estão sob a liderança de Kenneth Marshall e Ylfa. Quem é Kenneth e como foi trabalhar com Mark Ruffalo?

TC: Kenneth, querido Kenneth, é meu querido, doce, imaturo, egoísta, ignorante, rígido, pouco evoluído e sexy marido. Mark é incrível. Tanto como parceiro de cena quanto como pessoa. Eu simplesmente o adoro. Ele é tão tranquilo e engraçado. Surpreendentemente hilário. E tão acolhedor. Se, por algum motivo, fôssemos obrigados a trabalhar juntos pelo resto da vida, eu ficaria mais do que feliz com isso.

Como vocês criaram essa dinâmica tão envolvente e complexa entre Kenneth e Ylfa?

TC: Recebemos algumas direções interessantes do Bong, que pareciam ir contra o que estava no papel. Isso me ajudou muito. Ele disse que queria que parecesse que tínhamos acabado de transar ou estávamos prestes a isso. Genial! Que havia uma doçura juvenil no amor deles. Para mim, Ylfa é como uma dona de casa dos anos 50, fazendo tudo pelo marido, mas secretamente o manipulando para levá-lo para onde ela quer. Ela é a assassina sorridente. Já Kenneth é um bufão barulhento. Para todo mundo, menos para ela, claro.

O que faz de Robert Pattinson a escolha perfeita para interpretar Mickey Barnes?

TC: Rob é fascinante de se observar de perto. Um ator brilhante. Sem dúvidas. Trocadilho intencional! Seus dois Mickeys são pessoas completamente diferentes. Ele é ridiculamente talentoso e um doce de pessoa.

Toni Collette e Mark Ruffalo em “Mickey 17” – Foto: Reprodução

Naomi Ackie interpreta Nasha, a companheira ferozmente protetora de Mickey. O que Naomi traz para o papel?

TC: Naomi trouxe Naomi. Toda sua força, calor e vulnerabilidade. Ela é tão acolhedora e autêntica. Engraçada e pé no chão, ao mesmo tempo que é extraordinária.

Como você descreveria esse filme incrível para alguém, de forma a despertar o interesse para assisti-lo?

TC: Não há palavras que capturem totalmente a essência do filme. E eu amo isso. Você simplesmente precisa vivenciá-lo.

O que você acha que faz com que os filmes do diretor Bong ressoem tanto com o público ao redor do mundo?

TC: Autenticidade. Originalidade. Sabedoria. Coração. Diversão. Tudo que realmente importa na vida.

O post “Ela é a assassina sorridente”, diz Toni Collette sobre sua personagem em “Mickey 17” apareceu primeiro em Harper's Bazaar » Moda, beleza e estilo de vida em um só site.