Pesquisa revela quais são os maiores sonhos das mulheres
Um estudo revelou os maiores desejos das mulheres de cada geração

Não há vida sem sonhos. A psicologia, neurociência e até a publicidade já se debruçaram sobre a importância deles para manter as pessoas interessadas em viver. Mas quais são os limites dos sonhos? Para muitas mulheres, a realidade. A pesquisa Sonhe Como uma Garota, da ONG Think Olga, mapeou sonhos, aspirações e planos de mulheres de diferentes gerações e trouxe um retrato sobre a sociedade.
Viajar é o principal sonho das mulheres
O estudo perguntou a 1.080 mulheres quais foram seus sonhos de infância, quais são eles hoje e o que desejam para os sonhos das meninas no futuro. Todas elas afirmaram sonhar em conhecer o mundo.
Sonhos de mulheres entre 18 e 29 anos
Os outros desejos mudam bastante de acordo com as gerações. As palavras que mais apareciam para pessoas de 18 a 29 anos eram casa, rica e faculdade.
Sonhos de mulheres entre 30 e 49 anos
As de 30 a 49 anos falavam mais em casa, faculdade e família.
Sonhos de mulheres +50
As 50+ respondiam com mais frequência médica, família, casa, estudar e casamento.
“Viagem tem a dimensão da experiência do prazer, e a experiência de férias é uma questão feminina radical. ‘Eu não consigo descansar na minha casa, eu preciso ir pra uma casa que não é a minha’. E tem uma dimensão da fantasia, de poder assumir um outro lugar, uma outra forma”, explica Adriana Barbosa Pereira, psicóloga e psicanalista,
Jovens querem mais ser mães do que casadas
De acordo com o estudo, a ideia da maternidade é mais dominante entre as duas faixas mais jovens do que a ideia de casamento. A organização acredita que isso está conectado a uma tendência global.
Dois movimentos que afetam esse desejo, por exemplo, é o ‘boy sober’ ‒ movimento de “detox” de relacionamentos amorosos com homens, por conta das frustrações anteriores ‒ e o ‘4Bs’ ‒ criado na Coreia do Sul, é composto por mulheres que ficam sem namoro, sexo, casamento e bebês, em resposta ao machismo do país.
Dinheiro é um sonho comum
Cerca de 60% das mulheres sonham com estabilidade financeira, um desejo que cresce na vida adulta. Para elas, todos os sonhos precisam de meios para acontecer, e o dinheiro é visto como o principal recurso para atingi-los. A falta dele, além disso, é uma das maiores causas de adoecimento psíquico das mulheres, atingindo metade das mulheres, segundo o Lab Esgotadas, da Think Olga, 2023.
Conectado a esse aspecto, construir uma carreira é um sonho, independentemente da raça, classe e região. As mulheres pretas sonham ainda mais com uma vida profissional sólida: são 14 pontos percentuais de diferença comparado a média.
Ao mesmo tempo, uma em cada quatro meninas e mulheres de 15 a 29 anos não completaram o ensino médio, não estudam e não exercem atividade remunerada, mais que o dobro dos meninos, segundo a PNAD, por conta especialmente dos afazeres domésticos, cuidados com pessoas e gravidez.
Quais são os impeditivos para os sonhos das mulheres?
Desistir dos sonhos é algo comum ‒ já aconteceu com 75% das entrevistas ‒, mas geralmente tem uma causa: dinheiro. A falta de recursos financeiros é o principal motivo para o abandono, atingindo 70% das que já tiveram que abrir mão de algum sonho.
Crises econômicas, sociais, ambientais, sanitárias e humanitárias também podem impedir as mulheres de sonhar. Ao mesmo tempo, olhando para trás, esse grupo reconhece um avanço: 88% afirmam que puderam sonhar mais do que suas mães e avós.
Enquanto 47% se mantém sonhando por ter clareza de sua capacidade e por ter liberdade para tanto, 38% continua a sonhar pelo exercício de autonomia e tomar as próprias decisões e 24% se motiva pelo apoio da família e amigos – o que aumenta para as mais novas (33%).
Exposição na biblioteca Villa Lobos
A ONG Think Olga criou uma exposição, que acontece na Biblioteca Parque Villa-Lobos, de 8 a 30 de março, com dados da pesquisa, histórias inspiradoras e produções artísticas de mulheres e meninas. É gratuita, começa às 10h e termina às 18h.
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